SALDÃO: CADA LIVRO A 8 REAIS (e só chamar no zap: 21 999197723)
DE CALIGARI A LILI MARLENE
Luiz Nazário
"Mais do que um conjunto de técnicas abstratas, o expressionismo seria um código de signos concretos; mais do que um estilo, uma mensagem. Esta é a tese que se desprende das presentes reflexões sobre o cinema alemão. De todas as correntes artísticas que floresceram sob a República de Weimar, o expressionismo foi a que mais agudamente pressentiu o caráter apocalíptico do nazismo. Se de fato ele é uma mensagem, urge decifrá-la, já que ele retorna sublimado no novo cinema, quando mergulhamos numa crise igualmente planetária e que suscita um terror igual. Para isto convido o leitor a percorrer comigo as ruas estranhas pelas quais o Dr. Caligari nos conduz até a casa de Lili Marlene".
O EPISÓDIO DO GRAF SPEE - A BATALHA FINAL E SALVAMENTO
Fernando Klein
Um dos principais episódios das II Guerra Mundial aconteceu no litoral do continente sul-americano, principalmente na área do estuário do Rio da Prata. A batalha entre o encouraçado alemão Graf Spee e navios da Armada Britânica é o fruto da pesquisa de Fernando Klein, com uma ampla exposição de fatos, dados e imagens desta importante batalha naval.
"Como todas as nações latino-americanas, a Segunda Guerra Mundial apresentou ao Uruguai, em sua pacífica existência, o mais intenso desafio que por muito tempo havia suportado: como em todas as naçoes, seu processo e suas consequência exerceram um profundo impacto. O dramátcio episódio do Graf Spee serviu para alertar sobre uma convicção tão autêntica quanto inusitada: era a convicçao de que a guerra - tangível e física - poderia chegar 'até aqui".
O FUMO NO BRASIL COLÔNIA
Jean Baptiste Nardi
Considerado frequentemente como economia secundária durante o período colonial, o cultivo do fumo foi, muito ao contrário, atividade essencial. Tudo porque unia facilidade de plantio e alvo valor comercial, além de ser moeda de troca no comércio escravagista. Ao longo dos séculos XVII e XVIII favoreceu a elevação de renda dos pequenos agricultores e os surgimento de uma rica oligarquia na Bahia, que mais tarde aplicaria seus capitais num primeiro surto de industrialização.
ALUCINADO SOM DE TUBA
Frei Betto
A família é despejada do barraco e Nemo, aos onze anos de idade, cai na vida. Vai conhecer um lado violento e ainda mais miserável da realidade à sua volta. Mas também vai descobrir a solidariedade e o amor. Qual desses caminhos seguirá? Neste livro, Frei Betto mostra com sensibilidade a cruel condição do jovem abandonado pela sociedade.
ORAÇÃO NA AÇÃO
Frei Betto
Segundo J. B. Libânio, "Frei Betto nos provoca neste estudo. Quer promover ´re-flexão´, balançar as posições ´quentes´ de um pentecostalismo mágico e as ´frias´ de um simples ativismo, para nos engajar numa ´história engravidada pelo amor´".
CONTRA-ATAQUE
Aaron J. Klein
Este livro é o relato completo do assassinato de atletas israelenses durante os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, por membros do grupo conhecido como Setembro Negro. O livro inspirou o filme Munique, de Steven Spielberg.
“Poucos minutos antes, os terroristas tinham chegado à porta azul que levava ao apartamento 1. Estava aberta, como sempre, já que levava não só aos dormitórios dos israelenses, mas também ao estacionamento subterrâneo e aos apartamentos do andar superior. Atravessaram um pequeno hall até a porta do apartamento 1, onde estavam sete técnicos e juízes israelenses. Os terroristas tinham uma cópia da chave”.
O DAY AFTER DO CARIOCA
Carlos Eduardo Novaes (ilustrações de Vilmar Rodrigues)
“Estávamos em 22 de março de 1992. Ontem recebemos a grata notícia de que as contas do Brasil estão equacionadas pelo menos até o dia 1º de abril. O país respira aliviado. Delfim, Galvêas e Pastore, que voltaram a administrar nossa dívida externa, fecharam um empréstimo (big jumbão) de 3 trilhões de dólares. Devemos 34 quatrilhões de dólares, mas as autoridades continuam esperançosas. O Brasil é o país do futuro.
RÚSSIA - ANTES E DEPOIS DA URSS
Cláudio Vicentino
"Para melhor visualizar as últimas transformações da região russa e as raízes dos seus maiores desafios, é imprescindível levantarmos sinteticamente as suas origens. Para isso teremos de recuar até o estabelecimento do predomínio eslavo-russo que se efetivou em toda a região e traçar seus desenvolvimento em direção ao poderoso Estado czarista que sobreviveria até o início do nosso século. O embrião político de todo esse processo foi o Estado russo, cujo nascimento remonta ao século IX".
PRIMEIRA PÁGINA – AS MELHORES ENTREVISTAS FEITAS POR FERNANDO MORAIS
Um dos principais jornalistas e biógrafos brasileiros, Fernando Morais entrevistou grandes personalidades do nosso tempo, aqui registradas, como Yasser Arafat e Fidel Castro.
“ARAFAT – Vamos falar, em primeiro lugar, do principal ponto fraco da nossa luta: temos que reconhecer que não existe uma política árabe unificada em relação aos palestinos. Quando vários países árabes foram derrotados por Israel, em 1967, um general francês disse algo que ficou famoso: “Vocês, israelenses, venceram não por sua força, mas pela fraqueza dos árabes”.
“CRÍTICA DA RAZÃO IMPURA OU O PRIMARO DA IGNORÂNCIA”
Millôr Ferandes
Millôr Fernades faz uma análise minuciosa de livros publicados por dois políticos e escritores nacionais, ex-presidentes da República: José Sarney (Brejal dos Guajas) e Fernando Henrique Cardoso (Dependência e desenvolvimento na América Latina)
“Fascinado, continuo procurando demonstrar que Brejal dos Guajas é obra sem similar na literatura de todos os tempos. Só um gênio conseguiria fazer um livro errado da primeira à última frase”.
SOCOS NA PORTA
Fernando Morais (prefácio de Miguel Arraes)
O jornalista Fernando Morais, autor de biografias como “Olga” e “Chatô – o rei do Brasil”, além do livro-reportagem “A ilha”, traz, nesta publicação de 1980, uma descrição do seu trabalho como deputado estadual em São Paulo neste período.
“Sr. presidente, Srs. deputados, infelizmente, a cada dia que passa, novos fatos sobre a administração Paulo Maluf vêm à luz, evidenciando ainda mais o mar de lama sob o qual vivemos. A cada dia vemos novas ondas deste mar virem arrebentar nas praias da corrupção.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Carlos Heitor Cony, Heródoto Barbeiro e Artur Xexéo
Reflexões feitas pelos três autores sobre vários temas, sempre abordados no programa do qual eles participaram durante alguns anos na rádio CBN.
Cony: Heródoto, o que é o tráfico? São drogas e armas. Duas coisas importadas. O Brasil não produz drogas e tem uma fabricação de armamentos insignificante. Tanto as armas quanto as drogas são importadas. E quem toma conta da importação é a Polícia Federal. Não é o Fernandinho Beira-Mar, nem esses pés-de-chinelo que morrem em tiroteios com a polícia, que atacam a gente no meio da rua”.
MEMÓRIAS (VOL. III – 1921 – 1933) – A PAZ ARMADA: OS PRIMÓRDIOS DO NAZISMO
Ilya Ehrenburg
De Paris, onde residia, o escritor soviético Ilya Ehrenburg, em permanente contato com a intelectualidade e com os acontecimentos políticos e sociais do tempo, pôde abordar, com felicidade e clareza, o ambiente da Europa nos anos imediatamente anteriores ao surgimento do Terceiro Reich.
“Compareci a uma reunião de nazistas, numa churrascaria. A fumaça dos charutos baratos irrita os olhos. Um nazista, agitando as mãos, urra longamente que os alemães estão fartos de passar fome, que os únicos a viver bem são os judeus, que os aliados saquearam a Alemanha, e que é preciso esmagar os franceses e os polacos”.
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (da série "Discutindo a História)
Letícia Bicacho Canêdo
"Mil razões teve a sociedade para bloquear as invenções mecânicas antes do século XVIII. E acorrentar o homem numa condição econômica que o impedia de ir para além do limite rígido que marcava o possível do impossível no fazer humano. Quanto à Antiguidade, pode-se falar na abundância de mão-de-obra fornecida por uma massa de dominados, capaz de levar os grupos dominantes a não se interessarem pelo problema da utilização de outras formas de energia além da muscular".
O CONTINENTE DO RIO GRANDE
José Honório Rodrigues
"A partir de uma pesquisa em cartas e documentos de época, José Honório Rodrigues relata a sala da conquista e povoamento do Rio Grande do Sul. No início, para impedir incursões espanholas, a a ocupação portuguesa foi feita por soldados recrutados, "mulheres solteiras desimpedidas" e presos comuns, enviados das várias partes da colônia. Dessa miscigenação formou-se o povo gaúcho, com uma identidade própria que só seria transformada em 1824, com a chegada dos primeiros imigrantes europeus dos limites meridionais do Brasil".
"LONGE - MEMÓRIAS DE UM LÍBANO RECENTE
Ana C. Leonardos
O olhar de uma estrangeira se detém em um país despedaçado, que, ao fim de uma longa guerra civil, ressurge dos escombros do passado e ousa redefinir seu espaço no mundo. Um Líbano que ainda se quer Líbano, com seus 18 grupos religiosos reconhecidos oficialmente - muito além de cobiças e ameaças.
"A Beirute de minhas primeiras viagens era um grande feixe de ruas sem qualquer sinalização, sinais luminosos ou placas de trânsito. Por verdadeiro milagre ou reflexo de motoristas habituados ao completo caos urbano, Beirute não figurava entre as primeiras cidades do mundo em acidentes automobilísticos (ou será que apenas não entrara nas estatísticas por tratar-se de uma cidade recém-saída de uma guerra devastadora?) Lembro-me ainda do impacto ao avistar a primeira placa de PARE alguns anos mais tarde: saltei do carro em pleno cruzamento para fotografá-la de vários ângulos".
POR QUE NÃO DEU CERTO – OS PAIS DO CRUZADO CONTAM
Depoimentos de André Lara Resende, Dilson Funaro, João Sayad, Luis Gonzaga Belluzzo e Persio Arida e Alex Solnik.
“João Sayad – O congelamento foi muito mal administrado. Ele tinha que ter atendido algumas coisas, tinha que ter uma fiscalização melhor. Eu propunha desde março de 1986 que a fiscalização fosse descentralizada. Se ela fosse descentralizada haveria apoio popular e se conseguiria que as pressões fossem atendidas localmente.