9.22.2022

SANTA CRUZ NOS CAMINHOS DA INDEPENDÊNCIA


 Amigas e amigos, chegou da gráfica meu novo livro, "Santa Cruz - nos Caminhos da Independência", escrito em parceria com o professor Guaraci Rosa. A capa é um desenho de Patrícia Irma von Abel, professora e artista plástica do bairro de Paciência.

Em breve marcaremos os lançamentos. 

Segue o release:

SANTA CRUZ - NOS CAMINHOS DA INDEPENDÊNCIA

ANDRÉ LUIS MANSUR E GUARACI ROSA

        "Santa Cruz - Nos caminhos da Independência", livro de André Luis Mansur e Guaraci Rosa, fala da Independência do Brasil, que neste ano completa 200 anos, tendo como foco o bairro de Santa Cruz, que na época ainda não era bairro, mas abrigava a sede da Fazenda de Santa Cruz, uma das mais importantes do Brasil e chamada de a "Joia da Coroa Portuguesa".

        A sede da fazenda, que no período colonial foi propriedade dos jesuítas e chegou a atingir a cidade de Vassouras, passou a ser, após a chegada da Corte portuguesa do Rio de Janeiro, em 1808, o Palácio de Veraneio da Família Real portuguesa. Foi nela que o então príncipe-regente D. Pedro, acompanhado de seu séquito, dormiu na noite de 14 de agosto de 1822, algumas horas após sair da Quinta da Boa Vista, em direção a São Paulo, onde iria apaziguar uma crise política e acabaria por proclamar a Independência do Brasil no dia 7 de setembro.

         Na volta D. Pedro e seu grupo também passariam pela sede da fazenda, lugar que o príncipe conhecia muito bem, já que a frequentava desde criança e foi, também, o lugar onde passou a lua de mel com sua esposa, a princesa Leopoldina, em novembro de 1817. Mansur e Guaraci ressaltam também a importância da Estrada Real de Santa Cruz, a principal via pública do Rio de Janeiro durante muito tempo, ligando a Quinta da Boa Vista a Santa Cruz e que, a partir de 1826, recebeu 11 marcos imperiais, dos quais apenas 5 permanecem em ruas e avenidas que mantém, em sua maior parte, o percurso da antiga Estrada Real.

      Ao percorrerem os caminhos desta importante estrada, os autores enfatizam a importante missão de Paulo Bregaro e Antônio Dias Cordeiro, no dia 2 de setembro, levando os documentos de Lisboa, além das cartas de Leopoldina e José Bonifácio, que iriam provocar o gesto simbólico do "Grito do Ipiranga" por D. Pedro, às margens do Ipiranga. Mansur e Guaraci falam também do importante encontro, para o processo de independência, entre Leopoldina e José Bonifácio em Santa Cruz, no dia 17 de janeiro de 1822, após Bonifácio desembarcar em Sepetiba, vindo de Santos. O livro conta com várias ilustrações, entre pinturas do período retratado, como fotos atuais de alguns dos lugares narrados na história. Como diz o professor e escritor Isra Toledo Tov, no prefácio do livro, os autores "trazem para a historiografia carioca uma obra original e necessária. Falar de um período conturbado da história nacional, tendo como foco a periferia, é o pano de fundo dos capítulos a seguir".

Os autores:

ANDRÉ LUIS MANSUR (Rio de Janeiro, 1969) é jornalista, memorialista e escritor, autor de 17 livros, nascido no bairro de Marechal Hermes, na Zona Norte carioca, tendo atuado em veículos importantes da imprensa carioca, como os jornais O Globo, Jornal do Brasil e Tribuna da Imprensa. Apenas no jornal O Globo publicou mais de cem críticas literárias para o caderno “Prosa & Verso”. No bairro de Campo Grande, onde mora, coordenou de 2005 a 2012 o Cineclube Moacyr Bastos, exibindo mais de trezentos filmes gratuitamente.

Seu primeiro livro foi lançado em 2004, o Manual do serrote, de humor. Quatro anos depois lançou seu livro de maior sucesso, O velho oeste carioca, que conta a história da zona oeste do Rio de Janeiro, entre Deodoro e Sepetiba, e que gerou mais dois volumes, lançados em 2012 e 2016. Seu último livro foi Fragmentos do Rio Antigo, volume II. 

GUARACI ROSA (1968, Rio de Janeiro) é historiador, pesquisador e professor de História, com especialização em História da Cidade do Rio de Janeiro. Um dos fundadores e ex-Coordenador de Estudos, Pesquisas e Projetos da CAMEMPA (Casa da Memória Paciente), entidade localizada no bairro de Paciência, na Zona Oeste carioca. Professor de Hsitória da Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Seeduc RJ), colaborou ativamente na publicação de Os dois engenhos de Paciência, de 2019, e Casos matenses, de 2020.