O bairro de Campo Grande tem suas origens no século XVI, logo após a fundação do Rio de Janeiro, em 1º de março de 1565, por Estácio de Sá. Nos anos e décadas seguintes, a ocupação do solo foi feita a partir da distribuição das sesmarias, que eram grandes porções de terras distribuídas a quem o Reino de Portugal achava que merecesse, principalmente os que lutaram contra franceses e índios tupinambás na conquista e fundação da cidade. Essas sesmarias, se não fossem ocupadas e desenvolvidas, eram devolvidas, as chamadas "terras devolutas". Muitas se desenvolveram, entre elas as que deram origem à imponente Fazenda de Santa Cruz, origem deste importante bairro da zona oeste.
Campo Grande começou a ser ocupado, assim, no final do século XVI, e realmente justificou o seu nome, pois nos documentos era chamado de "o Campo Grande", uma região que ia da altura do atual bairro e arredores até o local onde seria o bairro de Realengo. Tanto é verdade que a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Desterro, bem na área central de Campo Grande, foi fundada em 1673 no local onde hoje é o bairro de Bangu pelo fazendeiro Manuel de Barcelos Domingos. Muito mais tarde ela seria transferida para o atual local. No final do século XIX, após um incêndio que a destruiu por completo. O padre Belisário dos Santos, com apoio do governo e da população, conseguiu que o templo atual fosse erguido. O sacerdote, cujos restos mortais estão sepultados dentro da igreja, morava na casa paroquial que mais tarde seria o Colégio Belisário dos Santos, um dos mais tradicionais de Campo Grande e demolido em 2014 para a construção de um estacionamento.
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