GOVERNOS MILITARES (R$ 15)
Edgard Luiz de Barros
Trecho do livro:
“Ernesto Geisel, mesmo depois da falência do ´milagre´, falava na transformação do Brasil em ´potência mundial de primeira grandeza´, na necessidade de incrementar ainda mais o parque industrial, criando tecnologia de ponta e buscando novos parceiros comerciais (inclusive nos governos socialistas da China continental e das antigas colônias portuguesas da África). De concreto, o que resultou dessa política, além de oscilações recessivas, foi um significativo crescimento da dívida externa, diminuindo a acumulação interna e as reservas cambiais”.
O BRASIL DA ABERTURA – DE 1974 À CONSTITUINTE (R$ 15)
Marly Rodrigues
Da coleção ‘História em documentos”
Trecho do livro:
“Na década de 80, os movimentos grevistas não se restringiram apenas aos metalúrgicos e ao ABC paulista. Em outras cidades do estado e em outros estados da federação, a greve vem sendo utilizada como instrumento de reivindicação por diversas categorias profissionais, cujo nível de vida também está sendo rebaixado.
A luta por melhores condições de trabalho ultrapassou o setor urbano. Em vários estados brasileiros os trabalhadores rurais cruzaram os braços, reivindicando salários mais justos e mais direitos trabalhistas.
OS CARBONÁRIOS (R$ 20)
Alfredo Sirkis
Trecho do livro:
“Os jornais da manhã traziam o nosso manifesto na íntegra. Não havia ainda uma resposta oficial do governo sobre a libertação dos quarenta presos, mas corria o bizu de que já fora fretado um Boeing 707 da Varig, para um vôo transoceânico. Willy Brandt declarou à imprensa alemã, na seguência de um contato com Brasília, que estava tranqüilo quanto à iminente decisão do governo militar.
Ivan saiu cedo e voltou com jornais e notícias dos companheiros de fora. Problema com a Kombi. Na noite da ação, Onório a abandonara, às pressas, numa rua qualquer de subúrbio, distante do aparelho. Mais particularmente, num estacionamento proibido”.
MEMÓRIAS – GREGÓRIO BEZERRA – Segunda parte: 1946-1969 (R$ 18)
Trecho da orelha escrito pelo editor Ênio Silveira:
“Com a autoridade de quem passou quase vinte e três anos em prisões civis e militares de seu país, vivendo toda sorte de violências e humilhações, Gregório Bezerra cita uma frase do escritor francês Pierre Vidal-Naquet para enfatizar o que lhe parece constituir progressiva degradação moral de instituições que ele tanto preza e de que a Pátria tanto necessita: A tortura começa como um método de interrogatório, desenvolve-se como um método de opressão e, finalmente, transforma-se num Estado clandestino, que corrói as próprias raízes da vida de uma Nação”.
1964 E O NORDESTE (R$ 15)
Manuel Correia de Andrade
Da coleção “Repensando a História”
Trecho do livro:
“No Brasil, os sindicatos rurais começaram a se organizar no governo de João Goulart, estimulados sobretudo pelos ministros filiados à Democracia Cristã, como Franco Montoro, Em Pernambuco, não só a Igreja, como também o Partido Comunista lançaram-se ao trabalho de sindicalização. Os padres Melo, no Cabo, e Crespo, em Jaboatão, procuraram neutralizar a influência dos comunistas e das Ligas, jogando com o prestígio e a tradição católica. As posições progressistas da Igreja ainda eram pouco expressivas. O padre Melo apoiou o golpe de 64, procurou preservar os seus sindicatos e aliou-se aos donos do poder”.
O SEQUESTRO DIA A DIA (R$ 15)
Alberto Berquó
O sequestro do embaixador dos Estados Unidos, Charles Elbrick, em setembro de 1969, narrado de forma detalhada. Como diz o jornalista Sérgio Cabral: “Asseguro que não há qualquer documento impresso em torno do tema que seja ao mesmo tempo tão bem escrito e tão bem informado”.
“Quando o embaixador e Virgílio estão descendo a escada, a cobertura vê se aproximar uma camionete C-14, com cinco homens dentro. Só pode ser a polícia. Nota-se que falam pelo rádio. Nos dois Volks, todos têm armas curtas. Salgado, que vai no banco de trás ao lado de Paulo de Tarso, porta uma metralhadora (...) Salgado engatilha a arma e se prepara para abrir fogo através do vidro traseiro; Cirilo pede que espere um pouco; Cid opina que seria melhor esperar os carros emparelharem, para arrebentá-los de uma só vez. Todos mostram as armas, ostensivamente, uns para os outros – e o embaixador ali no meio”.
1968 – O ANO QUE NÃO TERMINOU (R$ 20)
Zuenir Ventura
Estudante morto, colegas presos, passeata de intelectuais e religiosos, tropa de choque, cavalarianos de sabre em riste, carros blindados, gás lacrimogêneo, tiros, jatos de água, paus, pedras, o fim de um caminho. 1968 - O ano que não terminou traz de volta um período crucial da história brasileira. Neste clássico da não ficção nacional, o jornalista e romancista Zuenir Ventura conta, com a urgência das grandes reportagens e com a sofisticação da alta literatura, como transcorreu no Brasil o ano que, através do mundo, iria se tornar lendário por conta de manifestações estudantis contra o sistema.
A
GUERRILHA DO CAPARAÓ (R$ 20)
Gilson Rebello
Trecho do livro:
“No dia 5 de abril de 1967, a fome começou a ser a
principal inimiga: eles tinham jogado fora os víveres, para tornar mais leves
as mochilas durante a fuga e, agora, encurralados no meio do mato, as chances
de escapar ficavam cada vez menores, principalmente por estarem em um terreno
desconhecido e hostil.
- Resolvi – disse Amadeu – não mais ir à serra de
Caparaó, como havia planejado, pois ainda não sabia da prisão do ´grupo dos
oito´, e sim voltar ao Rio, onde poderíamos ter um balanço real da situação da
guerrilha”.
O
GOVERNO CASTELO BRANCO – Tomo II (R$ 20)
Luís Viana Filho
“Falando por esse tempo com o deputado Costa
Cavalcanti, coronel do Exército, considerado aspirante ao governo de Pernambuco,
dissera-lhe Castelo não desejar que nenhum militar fosse candidato. E
acrescentara recear que, aberta uma exceção, o exemplo se propagasse, sendo
inevitáveis o general Kruel, em São Paulo; o general Justino, no Rio Grande do
Sul; o coronel Torres, no Piauí; e o general Murici ou o próprio Costa
Cavalcanti, em Pernambuco. Não era preconceito contra os camaradas, mas o temor
de que usassem os elementos militares para pressionar e intimidar o mundo
civil.”
O
BRASIL DO GENERAL GEISEL (R$ 15)
Walder de Góes
Trecho do livro:
“Quando o presidente decidiu estabelecer relações
diplomáticas entre o Brasil e a República Popular da China, em agosto de 1974,
ele ouviu previamente o Conselho de Segurança Nacional. Os sete membros
militares do conselho votaram contra a proposta de Geisel, vale dizer, o
presidente não tinha, na decisão já tomada, o apoio dos três ministros
militares, do Chefe do EMFA e dos Chefes dos Estados Maiores do Exército, da
Marinha e da Aeronáutica. Nada impedia que o presidente deixasse de observar
esses votos, que os ignorasse, pois eles eram minoritários no conjunto do CSN.
No entanto, Geisel preferiu enviar o Chefe do Gabinete Militar aos oficiais
generais para pedir-lhes que mudassem seus votos. Cinco deles o fizeram, dando base militar à decisão, através de
processos ritualizadores.
RIOCENTRO
(R$ 20)
Julio de Sá Bierrenbach
Trecho do livro:
“Segundo constatei, S. Exa. Ficou chocado
principalmente por dois trechos de meu voto:
´O sargento morreu e o oficial sobreviveu. Se o
morto fosse o oficial e sobrevivente o sargento, este ainda poderia alegar que
cumpria ordens daquele, isto é, do mais antigo, sem dar maiores
esclarecimentos. O Capitão Wilson Luiz Chaves Machado, entretanto, está vivo, e
não pode deixar de ser ouvido em uma Auditoria, como acusado, a menos que o
Ministério Público Militar seja levado ao descrédito perante toda a Nação.
Lamento muito, mas estamos diante de um crime dos mais nefastos, terrorismo, à
beira da impunidade. Por muito menos este egrégio Tribunal condenou muitos
mais´”.
REVISTA
DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL – número 83 – Agosto de 2012 (R$
10)
Alguns dos capítulos:
- O dia da mentira
Um presidente é deposto e outro é conduzido ao poder
por homens armados que dizem fazer uma revolução ´democrática´
João Roberto Martins Filho
- Por que Jango não resistiu
Covarde para uns, herói para outros, Jango fugiu do
país para evitar uma guerra civil
- Em defesa da ordem
Segundo os jornais paulistanos, o golpe militar
atendia ao clamor da sociedade pela salvaguarda da lei
Por Luiz Antonio Dias
Com amplo apoio
A longa permanência da ditadura militar no Brasil
foi garantida pela sociedade civil
Por Daniel Aarão Reis
- Tema espinhoso
Apesar das idas e vindas da historiografia, o golpe
militar ainda é tabu em sala de aula