O BALÉ QUEBRA-NÓS (R$ 10)
Carlos Eduardo Novaes (ilustrações de Vilmar)
Trecho da crônica "O fanático":
"Os astrólogos diziam que 78 seria um ano regido por Saturno. Pode ser nos outros países, porque no Brasil, antes de Saturno, quem pegou a batuta e o regeu foi a Copa. A Copa, aqui entre nós, conseguiu até dividir o ano em dois, fazendo do mês de junho um marco semelhantes ao nascimento de Cristo na Antiguidade. Todos os compromissos da vida nacional, desde janeiro, giraram em torno da Copa. Eu mesmo, em fevereiro, recusei uma viagem de uma semana à Califórnia, ao verificar que o embarque estava marcado para o dia 3 a.C. (antes da Copa). O editor ainda tentou me convencer, afirmando que haveria transmissão direta da TV para os Estados Unidos:
- Não basta, Jaime. E depois do jogo? Com quem eu vou discutir? Discutir futebol com americano? Pelo amor de Deus...
E não era só isso. Havia todo um clima do país transformado numa imensa arquibancada: os morteiros, as bandeiras nas janelas e, mais importante, o grito uníssono na hora do gol, o único grito realmente democrático deste país, desembainhado da garganta de 115 milhões de torcedores".
DOSSIÊ BRASIL - As histórias por trás da História recente do país (R$ 15)
Geneton Moraes Neto
Trecho do livro:
"A crise institucional aberta pela renúncia do presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961, terminou frustrando um plano que, se executado, ganharia, com certeza, um lugar de destaque numa antologia mundial dos desvarios políticos: o presidente queria anexar a Guiana Francesa ao território brasileiro, numa operação militar de surpresa - uma investida no estilo da frustrada anexação das ilhas Malvinas pela Argentina, em 1982. A invasão das Malvinas deflagrou uma guerra entre Inglaterra e Argentina. Qual teria sido a reação internacional a uma aventura expansionista brasileira na Guiana Francesa?"
MAURO MENDONÇA - Em busca da perfeição (R$ 15)
Depoimento a Renato Sérgio - Coleção Aplauso - Perfil
Trecho do livro:
"Era um elitismo deslavado, um preconceito explícito do pessoal de teatro contra a televisão e, principalmente, contra a novela. Contudo, eu, apesar de ser ator de teatro, tinha um motivo mais do que suficiente para não pensar assim: meu padrão de vida, nosso - da Rosamaria junto - tinha mudado. Inclusive o nosso endereço também era outro, de um pequeno apartamento na sobreloja de um estofador na Rua João Passalacqua, no Bexiga, fomos para uma casa com quintal na Rua Nhambiquaras, em Indianópolis. E foi isso que, pouco a pouco, amenizou a fúria antieletrônica daquela gente. Porque, automaticamente, os que ainda não estavam fazendo novela, foram sendo chamados também. E, docemente, constrangidos, mas regiamente recompensandos, mudavam de opinião".
MARIA ADELAIDE AMARAL - A emoção libertária (R$ 15)
Depoimento a Tina Dwek
"Mas os puristas não foram o único problema de Os Maias. Logo no primeiro capítulo ficou claro que o grande público não fora seduzido pela história. A audiência despencou e acabou se fixando em 14 pontos, e essa foi a massa de telespectadores que nos acompanhou até o final, independentemente da hora em que a minissérie fosse ao ar. E em alguns dias, sobretudo na quarta-feira, ela ia ao ar muito tarde.
Independente da audiência, Os Maias foi um marco de qualidade na televisão brasileira. O rigor artístico, as imagens belíssimas, a fotografia, o guarda-roupa, a cenografia, a música, a direção de arte primorosa de Yurika Yamasaki, e a história, tudo se combinou para que o resultado fosse uma obra superlativa".
TATIANA BERLINKY - ...E quem quiser que conte outra (R$ 15)
Depoimento a Sérgio Roveri
Trecho do livro:
"Eu tenho certeza de que esta atitude de mulher durona eu herdei da minha mãe. Muitas vezes eu me lembro de minhas histórias e acho que elas poderiam muito bem ter ocorrido com ela, pois ela teria tomado as mesmas decisões que tomei. Minha mãe me dizia que eu era ruim, você é uma cobra. Porque eu não chorava e não mentia.
Esta pose, de certo modo, sempre transpareceu na minha escrita também. Eu escrevi sempre o que eu quis escrever. Meu público-alvo era eu mesma, criança. Tive filhos pequenos, irmãos pequenos. Eu sempre soube como criança reage a algumas coisas."
UM LUGAR NO MUNDO - A Argentina e a busca de identidade internacional (R$ 15)
José Paradiso
"A intenção original deste estudo, nascido sob o calor das controvérsias sobre as orientações diplomáticas do ciclo de transição democrática aberto em 1983, não era fazer uma história da política exterior da Argentina (...), mas encontrar um fio interpretativo para os dilemas que sua inserção internacional apresentou historicamente à Argentina, dando atenção especial aos momentos em que diferentes opiniões e propostas foram confrontadas (...).
Trecho do livro:
"Entre meados dos anos 1950 e meados da década de 1960, discutiu-se muito a respeito das opções diante do país, propostas por sucessivas equipes econômicas. Por outro lado, houve também controvérsias vigorosas em torno da sequência de políticas exteriores executadas pelos governos civis e militares. Essas divergências continuaram durante a segunda metade da década, embora a partir de então fosse possível identificá-la mais nitidamente como expressões na busca de um novo de relacionamento da Argentina com o mundo. Como ocorrera na década de 1940, o debate sobre as estratégias de desenvolvimento e as orientações diplomáticas teve como referência contextual um cenário internacional que passava por importantes transformações (...)".
ARY BARROSO... UM TURBILHÃO (R$ 20)
Dalila Luciana
Biografia de um dos grandes nomes da música brasileira
Trecho do livro:
"Ary, flamenguista doente, toda vez que seu clube perdia, declarava que não iria mais assistir a uma disputa do mais querido e, mal o Flamengo volta às jornadas gloriosas, esquecia as juras e tornava ao campo de futebol e, assim, aproximando-se a disputa do terrível Fla-Flu de 11 de setembro de 1955, declarou que aquela polêmica entre os dois times iria ter fim, pois o Flamengo iria derrubar o Fluminense num gol espetacular.
Haroldo Barbosa, famoso produtor e seu colega de televisão, fez a proposta para Ary:
- Vamos apostar os bigodes. Quem perder tira o seu.
Mas o Flamengo não ajudou Ary Barroso: perdeu o jogo e o pobre bigode de 25 anos de existência teria de ser raspado".
OS MEUS ROMANOS - Alegrias e tristezas de uma educadora alemã no Brasil (R$ 15)
Ina von Bizer - (com prefácio de Antônio Callado)
"Este é um dos mais curiosos livros de brasiliana publicados no século passado. Trata-se de uma publicação alemã, de mil oitocentos e oitenta e tantos, na qual é narrada a vida de uma professora alemã que viveu na fazenda de uma das velhas fazendas de São Paulo e do Rio de Janeiro. O livro jamais havia sido traduzido e traz um curioso depoimento da vida patriarcal no século passado escrito por uma mulher sensível e culta." (Trecho da apresentação de Paulo Duarte)
Trecho do livro:
"Os brasileiros dão ótimos advogados, podendo dessa forma aproveitar seu talento declamatório. Dão a vida por falar, mesmo quando não é para dizer nada. Com a eloquência que esbanjam num último discurso, poderiam compor facilmente dez em nossa terra, embora não possuam verdadeira eloquência nem marcada personalidade, falando todos com a mesma cadência tradicional usada em toda e qualquer circunstância. Tudo é exterior, tudo é gesticulação e meia cultura. O fraseado pomposo, a eloquência enfática já são por si próprios falsos e teatrais, mas se você tirar a prova real, se indagar sobre qualquer assunto, não se revelam capazes de fornecer a informação desejada".
JONAS BLOCH - O ofício de uma paixão (R$ 15)
Depoimento a Nilu Lebert (da Coleção Aplauso - Perfil)
Trecho do livro:
"Minha mãe teve um salão de beleza perto do Cassino da Urca e as vedetes do show do Cassino eram suas clientes. Ainda menino, eu assistia (levado pela minha mãe e escondido) aos espetáculos do teatro de revista. Ela ganhava convites das vedetes e o teatro de revista era sensacional. Apresentava um show variado, com cenas cômicas, sátiras políticas, números musicais, muitas mulheres bonitas e uma produção caprichada. Me encantava ver os excelentes atores que faziam a revista, tão soltos e brincalhões que conseguiam estabelecer um canal de cumplicidade com a plateia. Recebi deles uma ótima influência e acho que isso me fez conseguir os bons resultados nas comédias em que atuei".
A CAMISA DO SENADOR (R$ 12)
Joel Silveira
Este livro reúne 446 textos do jornalista Joel Silveira, vencedor dos prêmios Esso, Jabuti, Golfinho de Ouro, Machado de Assis e Líbero Badaró. São histórias que registram épocas e definem pessoas, que denunciam políticas e enfocam a realidade do dia a dia do país.
Trecho do livro:
Quem melhor contou a história da Proclamação da nossa República foi Eça de Queiroz: "O Marechal Deodoro da Fonseca - escrevia ele - dá um sinal com uma espada e imediatamente, sem choque, sem ruído, como cenas pintadas que deslizam, a Monarquia, o monarca, o pessoal monárquico, as instituições monárquicas desaparecem. E ante a vista assombrada, surge uma República completa, apetrechada, já provida de bandeira, de hino, de selos do Correio e da bênção de Dom Lacerda (Dom Pedro Maria Lacerda, Arcebispo do Rio de Janeiro), sem atritos, sem confusão, essa República começa logo a funcionar. Nas repartições do Estado, os amanuenses que já tinham lançado no papel dos decretos a velha fórmula - Em nome de sua Majestade, o Imperador - riscam ao ouvir na rua aclamações alegres este dizer anacrônico e sem mesmo molhar novamente a pena, desenrolam no seu melhor cursivo a fórmula recente - Em nome do Presidente da República... E quem saíra tranquilamente, de casa, com o guarda-sol aberto para ir à secretaria entregar um memorial ao Sr. Albuquerque, ministro do Império, encontra o sr. Bocayuva, ministro da República, que sorri e recebe o memorial".
PAULO JOSÉ (R$ 15)
Depoimento a Tania Carvalho (da Coleção Aplauso - Perfil)
Trecho do livro:
"E o ator tem de ser modesto, não ceder ao exibicionismo. É preciso sempre dar visibilidade ao personagem e esconder o ator. Muito atores se julgam melhores e maiores do que os personagens que representam. Mas nós sabemos que qualquer personagem é maior do que um ator, e que este deve estar a serviço daquele. E o cinema tem um olho implacável que amplia a falsidade, agiganta a importura. A pequena importura torna-se enorme na tela grande.
Na época de O Padre e a Moça já estava morando no Rio, pois tinha vindo com O Arena para a montagem de A Mandrágora. Logo depois, dirigi Carnaval para Principiantes, do Domingos Oliveira Flávio Migliaccio e Eduardo Prado.
ILKA SOARES (R$ 15)
Depoimento a Wagner de Assis (Coleção Aplauso - Perfil)
"Meu primeiro interesse nem foi dramaturgia. Foi mesmo a música. Eu queria ser cantora. Soltava a voz, cantava por todos os lugares. E só cantava música americana. Nos anos 40, nós adorávamos as músicas americanas, tinha aquela aura dos anos dourados, do romantismo. Mais tarde cheguei a gravar algumas músicas, até para trilha de novela eu gravei - para Minha Doce Namorada, do Lírio Panicalli, cujo era Relax. E gravei uma outra para a novela O Homem Que Deve Morrer, com o Tarcísio Meira. Era o Nonato Buzar que coordenava as trilhas naquela época.
Meu gosto tinha influência dos musicais americanos, com Alice Faye, Judy Garland, ou dos programas de rádio que tanta força tinham por aqui.
IMPRESSÕES DO BRASIL - A IMPRENSA BRASILEIRA ATRAVÉS DOS TEMPOS - RÁDIO - JORNAL - TV (R$ 15)
Cláudio Mello e Souza
Trecho do livro:
"Há, na história de nossa imprensa, um personagem notável, que muito viveu e muito sofreu durante a ditadura Vargas. Foi Aparício Torelly, um gaúcho realmente destemido e um humorista refinado, o que jamais impediu que suas ironias e piadas fizessem a alegria do povo. Em 1933, Torelly dirigia o "Jornal do Povo" e anunciou, então, uma série de reportagens sobre a vida de João Cândido, o líder da Revolta da Chibata. Depois de publicar duas das reportagens previstas, Torelly foi sequestrado por oficiais da Marinha, levado para a Barra daTijuca, surrado por eles e abandonado com a cabeça raspada e em trajes sumários. Convém lembrar que a Barra da Tijuca na época era deserta. Nem por isso Torelly, que depois adotaria o pseudônimo Barão de Itararé, perdeu o humor. Na porta do "Jornal do Povo", mandou fixar uma tabuleta com a seguinte informação: "Entre sem bater".
ERA UMA VEZ FH - O humor da História no Brasil de 1994 a 2002 (R$ 15)
Charges de Chico Caruso
Trecho do prefácio de Luis Fernando Verissimo:
"O Chico vive no futoro. Sabe aquele tempo que a gente imagina quando diz ´um dia ainda vamos rir de tudo isto?´ O Chico já está lá, rindo de tudo isto. Quando nos maravilhamos com uma das suas charges, dizemos ´mas está perfeito´ ou ´é isso mesmo´ ou ´como é que esse cara consegue?´ ou ´que sacada!´, é o mesmo deslumbramento que teríamos diante de qualqeur outro visitante do futuro. Cuja maior vantagem sobre nós, que vivemos neste presente irremediável, é que já teve tempo para pensar nos acontecimentos, descobrir o absurdo que nos escapou na hora, o significado que na época ninguém notou, o humor no que parecia triste e o trágico no que parecia apenas rotina. As sacadas do Chico se explicam porque a sua sacda, o seu ponto de observação, é aquele dia no futuro em que pela primeira vez veremos tudo isto com clareza".
LEONARDO VILLAR - GARRA E PAIXÃO (R$ 15)
Depoimento dado a Nydia Licia (Da Coleção Aplauso - Perfil)
Trecho do livro:
"Anselmo penou com a inveja geral que seus prêmios despertaram, mas ele não deixa por menos; em toda entrevista ele faz questão de mencionar: ´A única Palma de Ouro, o Pagador de Promessas´. E é verdade. Você vê o filme, é de uma direção simples, bem acadêmia, tem um ritmo, tem vida, não envelheceu. Você vê os filmes da Vera Cruz, a maioria já envelheceu. Tem uma técnica muito boa, mas a representação, a direção... Fica tudo um pouco teatral, não é?
Voltando ao TBC, ainda fiz a peça do Gianfrancesco Guarnieri, A Semente, dirigida por Flávio Rangel. Um texto extraordinário que a censura proibiu na véspera da estreia. Todos nós, atores e técnicos, acampados no teatro, recebíamos a solidariedade dos colegas de outras companhias".
SÉRGIO VIOTTI - O CAVALHEIRO DAS ARTES (R$ 15)
Depoimento dado a Nilu Lebert
Trecho do livro:
"Em 97 fiz uma participação em Xica da Silva, na Manchete, trabalho que não encheu minha alma de alegria e, além do mais, eu tenho horror a usar peruca de época. Invariavelmente fico com cara de imbecil. Contrariando os bons avisos de Dorival Carper, que me preveniu que eu não devia me lançar à aventura de encenar um espetáculo-solo (que eu imaginava ingenuamente ser humorístico), Humoresque, enfrentei o meu primeiro estrondoso fracasso. Não me arrependo. Não há nada como se fazer algo que resulte em aprendizado. Tudo que aprendi vai me valer pelo resto da vida que me sobra".
Regina Echeverria
Ao relatar a trajetória dos dois artistas, a autora passeia por esse país de espantosa transformação em menos de um século, na música, na política, nos costumes, além de traçar os encontros e desencontros entre pai e filho, uma história legitimamente brasileira de dois representantes de nossa cultura, mas que também resgata nossas memórias pessoais, pois nos legaram imagens únicas e forma de música e atitude que são lembradas por tanta gente e com muita emoção.
Trecho do livro:
“Em 1953, Luiz Gonzaga achou o chapéu de couro insuficiente como traje típico de apresentação. Trocou o terno de casimira por um gibão de couro, a gravata por uma cartucheira, o sapato de verniz por sandálias. Mudou também o chapéu, escolhendo um maior e mais parecido com o de Lampião. Ao gibão, foi bem mais difícil de se adaptar. Além de incômodo para vestir, limitava seus movimentos. Mas Gonzaga assistiu a uma apresentação do cantor Luiz Vieira, que o usava sobre o ombro:
REVOLTAS, REPÚBLICAS E CIDADANIA – NOVA YORK E RIO DE JANEIRO NA CONSOLIDAÇÃO DA ORDEM REPUBLICANA (R$ 18)
Marco A. Pamplona
“Este estudo concentra-se, sobretudo, nas cidades de Nova York e Rio de Janeiro. Cenários importantes da vida política de seus países, estas cidades expressavam complexos bastante particulares das sociedades às quais pertenciam. Nascidas sociedades portuárias, ambas rapidamente se tornaram centros nevrálgicos das atividades comerciais e manufatureiras desenvolvidas em cada país.
Devido às respectivas populações de negros livres e libertos e de trabalhadores imigrantes que cresciam em número, ao longo do século XIX, os conflitos sociais nessas cidades podiam aparecer de forma mais polarizada e assim expor as principais contradições de suas sociedades. A forma como foram enfrentados revelava, desde então, diferentes projetos de cidadania em construção, cada qual excludente ao seu modo”.
VISCONDE DE CAIRU – VIDA E OBRA (R$ 18)
Elysio de Oliveira Belchior
Trecho do livro:
ENIGMAS E MISTÉRIOS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (R$ 18)
Desaparições, mortes e acontecimentos ainda sem explicação do maior conflito bélico da História
Jesús Hernández
Alguns dos capítulos do livro:
- A Batalha de Los Angeles
- Glenn Miller, o desaparecimento de um mito
- O último voo de Saint-Exupéry
- O submarino que podia ter mudado a História
- O que aconteceu com o cadáver de Hitler?
- Foo Fighters, as luzes voadoras
- A bomba atômica nazista
TOPOI – REVISTA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL DA UFRJ (nº 10) – (R$ 15)
Alguns dos artigos:
- Cruzando o Atlãntico: etnias africanas nas Américas
Gwendolyn Midlo Hall
- Sobre feitiços e ritos: enfermidades e cura nas reduções jesuítico-guaranis, século XVII
Eliane Cristina Deckmann Fleck
- Alguns aspectos da questão sanitária das cidades de Portugal e suas colônias: dos saberes olfativos medievais à emergência de uma ciência da salubridade iluminista
Magnus Roberto de Mello Pereira
- Muito além do céu: Escravidão e estratégias de liberdade no Paraná do século XIX
Mirian Hartung
- Remediados senhores: a sociedade escravista carioca no Oitocentos
Douglas Cole Libby
GOTA D´ÁGUA (R$ 12)
Peça de Chico Buarque e Paulo Pontes
“Gota D´Água é uma Medeia moderna e brasileira. Os talentos de Chico Buarque e Paulo Pontes se reuniram para revitalizar o teatro clássico de Eurípedes, escrito quase meio milênio antes de Cristo, submetentodo-o a uma injeção de nossa realidade urbana.
Com os seus personagens, os autores traçam um quadro bem sucedido de uma realidade que é toda nossa, mas que é também, por extensão, a realidade de todos os pequenos deste mundo, aqueles que sofrem na carne as contradições e as injustiças de uma sociedade sorridente, mas implacável com os seu humilhados e ofendidos”.
LITERATURA BRASILEIRA – DEPOIS DAS UTOPIAS (R$ 12)
Coleção Tempo Brasileiro
Alguns dos artigos:
- O desafio crítico da ´Cidade de Deus´
Cléa Côrrea Mello
- Miguel e o dragão, Cidade e violência em “O
matador”, de Patrícia Melo
Ana Cláudia Giassone
- Do flâneur ao voyeur: a crise da (s) modernidade
(s)
- De Ópera, cenas urbanas e outras burlas na
narrativa brasileira contemporânea
Ivo Lucchesi
- Morrer em Manaus: os avatares da memória em
Milton Hatoun
MATARAM O PRESIDENTE – MEMÓRIAS DO PISOLEIRO QUE MUDOU A HISTÓRIA DO BRASIL (R$ 15)
Alcino João do Nascimento, Palmério Dória de Vasconcelos, Joel Rufino dos Santos e Hamilton Almeida Filho
Mataram o presidente! reúne os depoimentos mais importantes dos homens que provocaram o suicídio de Getúlio Vargas: Carlos Lacerda, Alcino João do Nascimento (acusado de ser o pistoleiro contratado para executar o “crime da Rua Tonelero”) e muitas outras personagens. Em seu depoimento, Alcino afirma: “Nunca houve plano para matar Lacerda”. Ele passou 22 anos preso e, segundo seu depoimento, o “atentado da Rua Tonelero” não passou de uma hábil manobra política, “fabricada”, possivelmente, fora de nossas fronteiras nacionais.
O CLUBE DOS ANJOS (R$ 12)
Luis Fernando Verissimo
“O Clube dos Anjos, de Luis Fernando Verissimo, é uma insólita e bem-humorada celebração da gula. O livro conta a história de dez homens que se entregaram a esta afinidade animal, a fome em bando - sem temer a morte. Na verdade, a perspectiva de morrer só aumentaria, para eles, o prazer na comida, e o desafio filosófico da gastronomia: a apreciação que exige a destruição do apreciado.
Tudo começa com pequenas reuniões diárias no "Bar do Alberi", onde o prato principal era o picadinho com banana, evoluindo depois para jantares semanais em bons restaurantes, passando a frequentar lugares de melhor qualidade tanto em ambiente quanto na comida, e chegando por fim a jantares mensais nas residências dos membros do clube. Isso até um perverso e misterioso cozinheiro aparece.”
ROSA CÉLIA (R$ 15)
Depoimento a Cláudio Figueiredo (livro comautógrafo da autora)
O currículo é extenso. Estudos e atuação no Brasil, na Inglaterra e nos Estados Unidos. Trabalhos em publicações médicas nacionais e internacionais. Palestrante em vários congressos. Membro de diversas associações médicas. Cerca de 30 honrarias. Mas tudo isso é muito pouco para descrever a cardiologista infantil Dra. Rosa Celia Pimentel Barbosa. A médica, que nasceu em Palmeira dos Índios, Alagoas, venceu grandes desafios desde a sua infância num internato, passando por muitos recomeços, até fundar o Hospital Pediátrico Pro Criança Jutta Batista, em 2014, para dar continuidade e sustentabilidade ao projeto social Pró Criança Cardíaca, criado por ela em 1996, que já atendeu, gratuitamente, milhares de crianças cardíacas carentes. “O importante era não me perder neste caminho cheio de obstáculos e não esquecer que o que me levou a tudo isto foi a vontade de servir ao próximo”.
Trecho do livro:
“Tudo isso foi importante quando trabalhei no Hospital da Lagoa, chefiando o Departamento de Cardiologia Pediátrica. Dispúnhamos de excelente sala de hemodinâmica, local onde se realiza o cateterismo cardíaco. Para poder tratar bem a criança cardiopata, é fundamental que a hemodinâmica e os recursos cirúrgicos estejam no mesmo hospital. No Hospital da Lagoa, isso era possível. Mas implantar novas técnicas para o cateterismo pediátrico não foi tarefa fácil. Inicialmente, o procedimento era realizado pela equipe cateterizadora de adultos. Primeiro, precisava mudar a idéia de que a criança não é um adulto pequeno. Não usar anestesia geral no procedimento, puncionar os vasos em vez de dissecar, isso era bem mais trabalhoso, mas, sem dúvida alguma, era melhor para a criança e menos dispendioso para o hospital”.
DE COLOMBO A KUBITSCHEK – HISTÓRIAS DO BRASIL (R$ 15)
Eduardo Almeida Reis
Trecho do livro:
“Cabral, já naquele tempo, não devia fazer muita fé na eficiência dos nossos correios, pois resolveu mandar por emissário próprio a carta em que Pero Vaz de Caminha dava notícia a el-rei da ´descoberta´ das novas terras. O escolhido para a tarefa foi o Sr. Gaspar de Lemos, que se fez ao mar no princípio de maio de 1500, comandando o barco de mantimentos. Escusado é dizer que a comezaina e a vinhaça foram transferidas para as outras naus, que largaram para as Índias no dia 2 do mesmo mês. Com o naufrágio de vários navios no cabo da Boa Esperança, perdeu-se apreciável estoque de bacalhau e vinho verde.
Vaz Caminha seguia para o Oriente nas elevadas funções de escrivão da coroa, e aproveitou sua carta para inaugurar, em solo tupiniquim, a instituição do pistolão ao pedir ao Rei Dom Manuel, no mesmo documento em que dava notícias da nova terra, ´que, por me fazer singular mercê mande vir da ilha de São José a Jorge de Osório, meu genro´...”
MEMÓRIAS SENTIMENTAIS DE JOÃO MIRAMAR (R$ 10)
Oswald de Andrade
Desde sua publicação, em 1924, Memórias sentimentais de João Miramar vem sendo saudado como um dos textos mais instigantes da prosa brasileira. Construído a partir de 163 fragmentos de gêneros diversos, o romance de Oswald de Andrade é um dos abre-alas do modernismo e um precursor das poéticas contemporâneas.
O romance retraça a vida de João Miramar, uma espécie de caricatura do homem das classes mais favorecidas - herdeiro da cultura do café, fascinado pelas coisas estrangeiras, distante do cotidiano brasileiro. É uma sátira, selvagem e por vezes melancólica, do veio memorialista da literatura brasileira, em que os filhos das famílias mais abastadas reescrevem sua própria trajetória.
O ANÔNIMO CÉLEBRE (R$ 15)
Ignácio de Loyola Brandão
“Como ser famoso, partindo do anonimato absoluto?
O romance de Ignácio de Loyola Brandão, O Anônimo Célebre (Global Editora, 200 págs), discute essa questão detonando de maneira sarcástica, impiedosa e às vezes cruel o mundo das celebridades e dos loucos pela fama.
Narrado do ponto de vista de um ator que precisa se manter em evidência a qualquer custo, o romance retoma as experiências formais de livros impactantes como Zero, de 1975.”
BRASIL EM PERSPECTIVA (R$ 12)
Carlos Guilherme Mota (org.)
Alguns dos capítulos:
- Expansão europeia e descobrimento do Brasil
Manuel Nunes Dias
- O Brasil nos quadros do antigo sistema colonial
Fernando A. Novais
- O Brasil monárquico em face das repúblicas americanas
José Ribeiro Júnior
- O processo-político partidário na primeira república
Maria do Carmo Campello de Souza
- O golpe de 37 e o Estado Novo
Lourdes Sola
BRASILEIROS E PORTUGUESES – CONTRIBUIÇÃO PARA AS
COMEMORAÇÕES DO V CENTENÁRIO DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL – R$ 18
Herculano Gomes Mathias
Da coleção Afrânio Peixoto, da Academia Brasileira
de Letras
Alguns dos artigos:
- A invasão de Portugal em 1807 e os benefícios
proporcionados ao Brasil com a transferência da Corte portuguesa para o Rio de
Janeiro
- Uma brecha no relacionamento luso-brasileiro – A
guerra da Independência
- O Hino da Independência: composição musical
luso-brasileira
- Brasileiros e portugueses fundam o Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro
- Logradouros da cidade do Rio de Janeiro com
nomes portugueses
O BRAÇO DIREITO (R$ 12)
Otto Lara Resende
Laurindo Flores é o
zelador do Asilo da Misericórdia, na fictícia Lagedo, pequena cidade em Minas
Gerais. Em seu diário, ele descreve seu dia a dia num casarão condenado,
prestes a desabar, cuidando de crianças órfãs. Ao mesmo tempo que é capaz de
praticar gestos covardes, e até mesmo atrozes, o protagonista alimenta o sonho
de apagar seus erros e alcançar a redenção.
"Poderoso e estranho", com linguagem
"habilmente construída pelo romancista", nas palavras do professor
Antonio Candido, O braço direito é um romance magistral. Otto Lara Resende
convida o leitor a mergulhar nos pensamentos de um personagem tacanho e
conhecer um universo engenhosamente lapidado, feito de ressentimento e
insignificância. O volume inclui posfácio da escritora Ana Miranda, que trabalhou
arduamente, junto com o autor, na revisão final do livro.
ÀS MARGENS DO SENA (R$ 12)
Reali Jr. (depoimento a Gianni Carta)
Depoimento de Reali Jr., importante jornalista brasileiro
e correspondente no exterior durante 35 anos. Faleceu em 2011.
Trecho do livro:
“Em 1975, acompanhei a morte de Franco na Espanha. Em Madri, os próprios espanhóis diziam o seguinte: na Espanha será diferente da Revolução dos Cravos. De fato, em relação ao que presenciei em Portugal, não ocorreu nada de comparável na Espanha. Foi tranquila a transição espanhola. Contudo, pairava no ar uma grande expectativa após a morte de Franco. Havia aqueles grupos de direita franquista que sentiam uma forte nostalgia pelo ditador, especialmente nos primeiros momentos depois da sua morte. Do meu ponto de vista, era inacreditável que pudessem pensar dessa forma
TRÊS FACES DE UMA CIDADE (R$ 15)
José Aparecido de Oliveira
Um pouco da História de Brasília na visão de um de
seus ex-governadores mais conhecidos.
Trecho do livro:
“Proclamada a Independência, e eleita a primeira
Assembleia Constituinte, José Bonifácio voltou a defender a necessidade de se
interiorizar a Capital do Império. No documento, que apresentou à Assembleia em
9 de julho de 1823, sugere o nome de Brasília ou de Petrópole para a cidade a
ser construída, nas imediações de Paracatu, em Minas Gerais, que dista desta
Capital 234 quilômetros.
Em 1834, a tese ganhou novo defensor na pessoa do
dipomata e historiador Francisco Adolfo Varnhagen. Até 1850, através de
artigos, estudos e memoriais, insistiu na questão, apontando as questões
administrativas, sociais, econômicas, financeiras e estratégicas, que determinavam
a mudança. Em 1877, já então Visconde de Porto Seguro, visitou o Planalto
Central, escrevendo, da cidade de Formosa, que fica a 90 km de Brasília, uma
carta ao Ministro da Agricultura, Tomás José Coelho de Andrade, em que
praticamente aponta, como sítio idela para sede do Governo, o território que
hoje forma o Distrito Federal”.
COLEÇÃO GENTE - MILLÔR
Livro ilustrado com o depoimento de Millôr
Fernandes sobre a sua vida.
Trecho do livro:
"Eu estudava em escola pública. Numa escola
chamada Ennes de Souza, no Méier. Quem ia para o subúrbio, vindo da cidade,
ficava à esquerda. O lado do jardim é o outro, onde havia três cinemas. Um
luxo. O Drummond tem um verso em que ele fala do Méier. Ele, vindo de Minas,
percebia o encantamento de lá e dizia: ´A perplexidade do Méier / dois cinemas
dos dois lados /com duas bilheterias / cada qual mais bonita do que a outra / e
dois jardins´.
Mas a escola era desse lado mesmo, a gente subia o
morro, uma ladeira íngreme. Naquela época, era de lama, porque as ruas calçadas
são um acontecimento novo na história da humanidade".
MAURO RIBEIRO VIEGAS – A construção de uma vida (R$
15)
Lilian Fontes
"São
inúmeras as histórias que abragem a esfera pública, acadêmica e privada de
Mauro: diretor da Fundação Parques e Jardins, secretário geral de Viação e
Obras Públicas do Rio de Janeiro, participante na construção de Brasília com a
empresa que viria a ser a Concremat, membro do Rotary Club do Rio de Janeiro,
professor universitário, provedor da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da
Glória do Outeiro e agora, recentemente, premiado Personalidade Brasil Meio
Ambiente. Um sujeito incansável. Seu determinismo, sua convicção pessoal e seu
entusiasmo fizeram com que se lançasse em empreendimentos muitas vezes
arriscados. Ler sobre a vida deste homem é passear pela história do nosso país;
é conhecer mais sobre a Cidade do Rio de Janeiro, suas políticas, seus entraves."
(Lilian Fontes)
Trecho do livro:
“As primeiras instituições de ensino superior no
Brasil foram criadas com a chegada da Família Real portuguesa, em 1808, quando
surgiram as escolas de Medicina na Bahia (fevereiro de 1808) e no Rio de
Janeiro (novembro de 1808), onde também foi criada a Escola de Engenharia
(1810) – ainda com um cunho estritamente profissionalizante. Apenas na década
de 1930 houve uma mudança significativa no rumo do ensino superior, devido aos
movimentos de renovação social, política e cultural que surgiram na época, como
as greves operárias, a Semana de Arte Moderna (1922), a criação da Academia
Brasileira de Ciências (1922) e da Associação Brasileira de Educação (!924)
O professor Mauro acompanhara esse processo
enquanto freqüentava o curo de Arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes,
participando dos movimentos estudantis e sendo um dos responsáveis pela criação
da Faculdade Nacional de Arquitetura”.
.
IMPRENSA REVOLUCIONÁRIA – O JORNAL COMO AGENTE POLITIZADO (R$ 15)
Da série “Cadernos das Comunicação”, da prefeitura do Rio de Janeiro.
Redação e pesquisa: Heloisa Marra e Wilson Moreira
Trecho do livro:
“Desde seu aparecimento, em junho de 1808, quando Hipólito da Costa fundou em Londres o Correio Braziliense – primeiro jornal em língua portuguesa a circular no Brasil – até o ano de 1889, a imprensa brasileira pode ser identificadas pelo engajamento nas lutas políticas e no debate de questões sociais daqueles tempos, como a abolição da escravatura, o movimento pela Independência, a erosão política da monarquia, da nobreza e do clero, a proclamação da República. Hipólito da Costa foi um pioneiro que introduziu, no exercício do incipiente jornalismo brasileiro, uma forte capacidade analítica, aliada ao senso crítico, fatores essenciais a uma imprensa construtiva”.
O BRASIL DA ABERTURA – DE 1974 À CONSTITUINTE (R$ 15)
Marly Rodrigues
Da coleção ‘História em documentos”
Trecho do livro:
“Na década de 80, os movimentos grevistas não se restringiram apenas aos metalúrgicos e ao ABC paulista. Em outras cidades do estado e em outros estados da federação, a greve vem sendo utilizada como instrumento de reivindicação por diversas categorias profissionais, cujo nível de vida também está sendo rebaixado.
A luta por melhores condições de trabalho ultrapassou o setor urbano. Em vários estados brasileiros os trabalhadores rurais cruzaram os braços, reivindicando salários mais justos e mais direitos trabalhistas.
UMA INTRODUÇÃO POLÍTICA AOS QUADRINHOS (R$ 15)
Moacyr Cirne
Moacyr Cirne é um nome indissociável da teoria dos quadrinhos no Brasil. Desde A Explosão Criativa dos Quadrinhos, em 1970, tem estado no centro de estudos que privilegiam este campo da indústria cultural.
Trecho do livro:
“O quadrinho estruturalmente moderno começa em 1946, nos Estados Unidos, quando Will Eisner resolve redimensionar o arcabouço formal da série Spirit, que fora lançada por ele mesmo em 1940. O novo The Spirit está para os quadrinhos assim como os principais filmes de Orson Welles estão para o cinema: com a sua grafia narrativa atingindo a máxima temperatura significante, seja pela ´iluminação´ expressionista das imagens, seja pelas imprevisíveis angulações dos planos, seja pela articulação sóbria (mas extremamente criativa) dos quadros em cada página”.
MAR SEM FIM (R$ 20)
Amyr Klink
A viagem relatada em “Mar sem fim” começa numa data curiosa: 31 de outubro de 1998, Dia das Bruxas. Foi nesse dia que Amyr Klink deixou a mulher, Marina, e as filhas em Paraty, decidido a realizar o grande projeto de sua vida: sua primeira volta ao mundo, realizada nas águas da Convergência Antártica - notável e precisa fronteira entre as águas frias do Norte e as águas geladas da Antártica.
Ali estão os mares mais perigosos do planeta. Um percurso considerado um desafio, mesmo com os equipamentos sofisticados da navegação moderna. Amyr foi o primeiro a realizá-lo, navegando sozinho no veleiro Paratii. Foram 141 dias no mar. Um verão inteiro viajando em latitudes onde o sol nunca se esconde, enfrentando um mar temperamental, às vezes extremamente violento, com períodos de nenhuma visibilidade, muito gelo, vento forte, e o tempo todo submetido a uma rotina que não permitia mais do que cinco horas de sono não contínuo por dia. Dezoito mil milhas navegadas, 12.240 das quais sem pisar em terra, e com muitos sustos, como quando por pouco não ocorre uma colisão entre o Paratii e um gigantesco iceberg. O réveillon de Amyr, em meio a uma tempestade aparentemente eterna, tem um sabor de pesadelo. E, ao mesmo tempo, o deslumbramento: miragens de ilhas, a visão de um cachalote e da rica fauna marinha.
O HOMEM PORTUGUÊS E O BRASIL (R$ 15)A. Gomes da Costa
Trecho do livro:
“As relações luso-brasileiras tiveram sempre um fio condutor e permanente, constituído desde a primeira metade do século XIX. Raras vezes, entretanto, os governos, sobretudo os d´além-Atlântico, souberam utilizar essa comunidade para fortalecer os vínculos entre os dois países, em termos políticos, culturais, econômicos, culturais e sociais.
São poucos os exemplos de ajuda oficial. Lembremos das verbas orçamentárias para o repatriamento dos doentes marginalizados e das leis de 1923 e 1935 que mandaram incluir a biblioteca do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro como beneficiária do “depósito legal”, para que passasse a receber obrigatoriamente um exemplar dos livros editados no país.”
UM TERNO DE PÁSSAROS AO SUL (R$ 15)
Carpinejar
Celebrando os dez anos de trajetória do poeta Fabrício Carpinejar, a Editora Bertrand Brasil apresenta a edição revista, com poemas inéditos, de Um terno de pássaros ao sul, o segundo livro do autor. Num embate dramático, a obra representa o diálogo derradeiro de um filho com seu pai ausente. O pai já estará morto? Será que ainda dá tempo de limpar as desavenças e resgatar a amizade? É um acerto de contas em que o pai escritor é questionado por ter saído cedo de casa: o filho pede o retorno paterno ao pampa, sua terra natal, tenta romper o silêncio e entender seu distanciamento, demonstra o amor ainda que pela briga, raiva e saudade. Aclamada pela crítica como uma versão do clássico Carta ao pai, de Franz Kafka, escrita em versos, é uma obra emocionante e contundente do autor de Cinco Marias.
Trecho do livro:
“toma o que é livre
e não restará voo
de nossa carne,
como se o corpo
houvesse sido imaginado
Volta ao pampa, pai.
Ao baixar o olhar de um morto
é preciso o pânico de ir junto,
puxar o ronco da cisterna
ao tranco das cordas.
A vida deu o que poderias gastar,
e perdulário gastaste
ODYLO COSTA, FILHO (R$ 15)
Da coleção “Perfis do Rio”
Cecilia Costa
Não peçam a Cecilia Costa objetividade no perfil de seu tio Odylo Costa, filho. Ela afirma que para ser fria, objetiva e distante precisaria nascer de novo, esquecer tudo, abandonar a carne. Teria que ser de outra família, e não dessa que trouxe do nordeste o amor pelas letras. Pois o perfilado neste livro é um mito da família Costa, um homem com quatro faces: a cultura, o jornalismo, o coração e a poesia.
Trecho do livro:
“Foi em 21 de dezembro de 1956 que Odylo chegou ao Jornal do Brasil, de luto pela morte do pai. Durante idas e vindas às margens do Parnaíba, para acompanhar os últimos dias do velho desembargador, que morreu com mais de 80 anos, Odylo, com a intermediação da condessa, travou várias conversas com Nascimento Brito, em restaurantes na rua do Lavradio, como o Tim-Tim-por-Tim-Tim, nas quais o genro e o amigo de Maurina começaram a conversar sobre os novos rumos do jornal. Que nesse ano de 1956 já apresentava uma grande novidade: um simplesmente que saía aos domingos, mas que depois passou a sair aos sábados, e que estava dando o que falar na imprensa brasileira, mas em círculos mais exigentes, os literários e os culturais”.
EROS UMA VEZ (R$ 12)
Millôr Fernandes
Trecho do conto “Música, divina música!”
Tanto duvidaram dele, da teoria daquele jovem gênio musical, que ele resolveu provar para si mesmo que não existem animais selvagens. Que os animais são tão ou mais sensíveis do que os seres humanos. E que são sensíveis sobretudo ao envolvimento da música, quando esta é competentemente interpretada. Por isso, uma noite, esgueirou-se sozinho pra dentro do jardim zoológico da cidade e, silenciosamente, se aproximou da jaula dos orangotangos. Começou a tocar baixinho, bem suave, a sua magnífica flauta doce, ao mesmo tempo em que abria a porta da jaula”.
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (R$ 10)
-
Luiz Cesar B. Rodrigues
Da série “Discutindo a História”
Trecho do livro:
“De fato, o conflito iniciado em agosto de 1914, em matéria de atrocidades, teve um papel pioneiro. As inovações científicas da sociedade industrial permitiram que, ao longo dos quatro anos de hostilidades, numerosas pessoas fossem sepultadas no fundo dos oceanos, milhões de vítimas de gases tóxicos internadas nos hospitais e, não menos terrível, que deportados e populações inteiras descoladas experimentassem o universo dos campos de prisioneiros. Não estávamos mais no século XIX, pois a tecnologia do terror em escaça maciça é, sem dúvida, um dos principais inventos do nossos tempo”.
DUPLA EXPOSIÇÃO (R$ 25)
Renato Sérgio
Biografia de Sérgio Porto, com ênfase em seu
famoso pseudônimo Stanilslaw Ponte Preta
Trecho do livro:
“Foi assim que em outubro de 1956 abriu-se o pano
do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Haroldo Costa como Orfeu, Daisy Paiva
como Eurídice, o cantor Cyro Monteiro como Apolo, Zeni Pereira como Clío,
Adalberto Silva como Plutão, Chica Xavier como a Dama Negra, liderando um
grande elenco. Do coro, onde Waldir Maia era o Corifeu, também fazia parte o já
campeão mundial de salto triplo, Ademar Ferreira da Silva. Os cenários eram de
Oscar Niemeyer e a trilha musical de Antônio Carlos Jobim, um ilustre
desconhecido. Foi o embrião da frutífera parceria Tom & Vinicius. E entre
as músicas compostas especialmente para a peça, uma alçou vôo e teve vida
própria: Se todos fossem iguais a você”.
O
CERCO DA LAPA E SEUS HERÓIS (R$ 10)
David Carneiro
Poucas
cidades no país têm memórias de uma guerra ou conflito armado. A Lapa (PR)
guarda até hoje, nos muros de algumas casas centenárias, as marcas dos tiros do
episódio conhecido como Cerco da Lapa, no qual o exército local conteve o
avanço da Revolução Federalista, que pretendia instituir sua própria forma de
governo no Sul por rejeitar a República. Hoje intitulada a “Cidade dos Heróis”,
a Lapa faz da sua importância histórica um atrativo turístico. Vários pequenos
museus são dedicados a reconstituir os momentos que marcaram os 26 dias de
resistência de um grupo composto por militares e civis voluntários quatro vezes
menor do que as tropas federalistas que os ameaçavam.
Trecho da
apresentação do livro:
“Gumercindo
Saraiva comanda a tropas federalistas, que marcham em direção à capital
federal. No caminho, apossam-se da guarnição de Santa Catarina e ameaçam o
Paraná. A região escolhida para a defesa é a dos campos da Lapa. A
responsabilidade é confiada a um dos chefes militares da Guerra do Paraguai, o
coronel Antônio Gomes Carneiro. A Lapa resiste por dois longos meses e só
sucumbe quando o seu comandante cai mortalmente ferido”.
UMA ALEGRIA SELVAGEM - A VIDA DE SANTOS DUMONT (R$ 15)
Bia Hetzel
Ilustrações de Graça Lima
Trecho do livro:
“Em 1891, automóveis eram raros até mesmo na Europa. O Peugeot de rodas
altas e 3, 5 cavalos de força que Alberto adquiriu na fábrica de Valentigney
atraía enorme curiosidade em seus passeios. Em Paria, não havia ainda licença
nem exames que habilitassem os motoristas. Cada um se virava como podia para
dirigir a nova invenção pelas ruas da metrópole. Na praça do Ópera, por
exemplo, e resolvesse estacionar, Alberto logo percebeu que se formava tal multidão
à sua volta que o trânsito tornava-se um caos.
Mas o carro não foi o único motivo de alegria para Alberto, no período
em que conviveu com a convalescença do pais: na véspera de deixar Paris, um
episódio voltou a despertar em sua mente, com mais força do que nunca, o sonho
de conquistar o ar”.
A TERRA, CASA DE TODOS! - DESAFIOS DO SANEAMENTO
BÁSICO (R$ 15)
Fernando Carraro
João convida o amigo Daniel, estudante de
Engenharia Ambiental e Sanitária, para passar o réveillon com ele. Acontece que os coletores de lixo da cidade fazem greve naquele fim de ano. O lixo se acumula nas ruas. Ao ver a cidade daquele jeito, o visitante lidera um abaixo-assinado exigindo solução imediata para o problema. Uma história incrível sobre cidadania e solidariedade, com dias de saneamento básico, voltada para o público infanto-juvenil. As ilustrações são de Isabela Santos.
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS – CONCRETIZAÇÃO DE UM IDEAL (R$ 20)
Maria Celina D´Araujo (organizadora)
Um pouco da história desta importante instituição
brasileira.
Trecho da apresentação do livro:
“Para a realização deste trabalho foram
realizadas, com a colaboração de Lucia Hippolito, 39 entrevistas, num total de
62 horas. Foram ainda utilizadas entrevistas do acervo do CPDOC e outras já
publicadas pelo centro em forma de livro. Lucia Hippolito colaborou também
ajudando a contatar pessoas, marcando entrevistas, e em várias ocasiões
realizou entrevistas sozinha.
O resultado é que, através da voz de fundadores,
dirigentes e funcionários, chegou-se a um perfil da FGV que não é intimista e
que pode e deve ser partilhado com o grande público. Conta-se, a partir de uma
visão interna, a história de uma instituição que, como toda grande entidade que
reúne talento, mérito, sucesso, respeito e confiança, passa por desafios e
crises de crescimento e criatividade”.
A REPORTAGEM: TEORIA E TÉCNICA DE ENTREVISTA E PESQUISA JORNALÍSTICA (R$ 15)
Nilson Lage
Livro fundamental para estudantes de jornalismo
escrito por um dos professores mais queridos da Escola de Comunicação da UFRJ,
falecido no ano passado.
Trecho do livro:
“De modo geral, o testemunho mais confiável é o
mais imediato. Ele se apóia na memória de curto prazo, que é a mais fidedigna,
emboar eventualmente desordenada e confusa; para guardar fatos na memória de
longo prazo, a mente os reescreve como narrativa ou exposição, ganhando em
consistência o que perde em exatidão factual. Advogados costumam atuar nessa
fase: buscando a versão que mais convém a seus clientes, induzem-nos a omitir
certos aspectos da realidade e a ressaltar ou imaginar outros.
Um bom princípio – comprovam os estudos de
probabilidade – é só confiar inteiramente em histórias contadas por três fontes
que não se conhecem nem trocam informações entre si. Toma-se como verdade aí o
que é o mínimo comum aos três relatos, separando o que é fato do que é versão
ou interpretação”.
PEQUENA HISTÓRIA DA AGRICULTURA NO BRASIL (R$ 10)
Tamás Szmrecsányi
Livro que analisa a agricultura e a pecuária naõ como segmentos isolados e autônomos, mas como atividades integradas ao resto da economia do país.
Tamás Szmrecsányi, professor da UNICAMP e especialista na área, trata da agricultura de maneira clara e segura, abordando o tema desde a época colonial até os nossos dias, com prioridade para os últimos 150 anos. A transição do escravismo para o trabalho livro no campo; a diversificação de culturas; a origem do complexo agroindustrial; a estrutura agrária e as políticas oficiais relativas à zona rural são alguns dos assuntos estudados aqui, com o apoio de tabelas e quadros muito elucidativos. Obra fundamental para professores e alunos nas áreas de História, Economia, Geografia e Agronomia".
O FILHO ETERNO (R$ 15)
Cristóvão Tezza
João Ubaldo Ribeiro
Algumas opiniões sobre este clássico da literatura brasileira:
“Agora temos em nossa frente um romance que exige os grandes adjetivos: um senhor romance. Um romance duro, dilacerante, por vezes terrível, de extrema humanidade”.
(Jorge Amado)
“...na minha opinião, vai ficar como um marco na nossa literatura”.
(Érico Verissimo)
“Trata-se realmente de um romance excepcional”.
(Fernando Sabino)
Trecho do livro:
“Vosmecê me desculpe, mas desafaste dessa porta. De fato, essa é a metralhada, de maneiras que não abre de jeito e qualidade. Mas via das dúvidas não encoste, que vosmecê eu tenho responsabilidade. Vosmecê me desculpe eu ficar prosando o tempo todo. É para não dormir. Não sei nem o que eu estou falando, ou o que eu estou pensando. Quando estou pensando, estou falando, quando estou falando, estou pensando, não sei direito. Vosmecê não precisa responder, apesar de que é falta de educação. É como assim: se eu dormir, vosmecê faz por tirar a minha arma, m eacertar, dar um tiro no toutiço de Amaro e se enfiar pelos matos até achar guarida”.
- TEMPO BRASILEIRO nº 141 – R$ 12
Literatura Brasileira depois das utopias
Alguns dos artigos:
- Morrer em Manaus: os avatares da memória em Milton Hatoun
Francisco Foot Hardman
- São Miguel e o dragão. Cidade e violência em O Matador, de Patrícia Melo
Ana Cláudia Giassone
- O desafio crítico de Cidade de Deus
Cléa Correa Mello
- Sérgio Sant´anna e a baixa modernidade
Cláudius Bezerra Gomes Waddington
SÉRIE TEATRO BRASILEIRO – BASTIDORES (R$ 15)
HENRIETTE MORINEAU/EDWIN LUISI/NICETTE BRUNO/JORGE DÓRIA
Simon Khoury
Trecho do livro:
- Sei que já falamos sobre isso, mas deixa insistir mais um pouco: inconscientemente, você assimilou características da Dulcina?
- Nicette Bruno: Tive muita dificuldade com a sensibilidade da Dulcina e captava com facilidade tudo o que ela me dizia ou fazia. Na época, os diretores representavam para os atores aquilo que eles queriam, não é como de 25 anos para cá, onde o diretor passou a ser o maestro da orquestra, sem precisar tocar instrumento algum, o que, aliás, acho bem melhor para o ator. O ideal é o diretor solicitar ao ator que procure realizar aquilo que ele está querendo como proposta de encenação. O ator tenta, vai experimentando, sem correr risco de imitar seu condutor como antes”.
ESPAÇO E INDÚSTRIA (R$ 8)
A geografia e a cidade/A indústria e a
urbanização/A metropolização e o espaço transnacional
Ana Fani A. Carlos
Trecho do livro:
“A cidade é incompatível com a economia de
subsistência, a ausência de especialização e diferenciação. Surge do
aprofundamento da divisão do trabalho entre os homens e entre os lugares. A
separação cidade-campo e o desenvolvimento da primeira, com o crescimento das
trocas e da divisão do trabalho, produzem uma organização dinâmica, um espaço
de relações de alto poder concentracional, com uma organização peculiar a cada
movimento histórico.
A urbanização capitalista produz uma transformação
radical na vida do indivíduo. O individualismo tende a crescer na cidade, os
laços entre os habitantes se enfraquecem. Todos estão ligados à massa urbana,
amorfa e desintegrada”.
FIM (R$ 15)
Fernanda Torres
Fernanda Torres surpreendeu o público e o mercado editorial
ao lançar, em novembro de 2013, “Fim” (Companhia das Letras), seu primeiro romance. Afinal de contas, não é todo dia que
assistimos a uma conceituada atriz da televisão, do cinema e do teatro se
enveredar em uma nova carreira. E como escritora, Fernanda se mostrou tão
talentosa quanto nas telas e no palco. Para se ter uma ideia do quão exitosa
foi essa estreia na literatura, “Fim” foi finalista do Prêmio Jabuti de 2014, o
mais importante do país. Além disso, a obra tornou-se um best-seller nacional, ficando, em 2014, no posto de oitavo livro
ficcional mais comercializado no Brasil. A vendagem do romance já chegou à casa
dos seis dígitos, uma marca para poucos autores brasileiros.
Se
alguém pensou que a estreia apoteótica de Fernanda Torres poderia ter sido
sorte de estreante, a escritora carioca mostrou o quão sólido era seu novo
trabalho com as duas publicações seguintes. “Sete Anos” (Companhia das Letras),
coletânea de crônicas de 2014, e “A Glória e Seu Cortejo de Horrores”
(Companhia das Letras), romance de 2017, receberam muitos elogios da crítica
especializada e agradaram em cheio os leitores. Para muita gente, Fernanda
Torres é atualmente uma das mais originais vozes da literatura brasileira
contemporânea. Principal prova do carisma e da receptividade dos livros de
Fernanda foi suas apresentações na FLIP, Feira Literária Internacional de
Paraty. A autora arrematou uma pequena multidão para vê-la e ouvi-la todas as
vezes em que compareceu ao evento.
O
enredo de “Fim” se passa na cidade do Rio de Janeiro e acompanha o dia da morte
de cinco amigos: Álvaro, Sílvio, Ribeiro, Neto e Ciro. Cada um deles faleceu em
uma época, entre agosto de 1990 e abril de 2014, mas todos tinham em comum as
desilusões amorosas. O grupo de amigos se conheceu na juventude e permaneceu
junto, entre brigas e afastamentos, até o final. Enquanto narram o último dia
de vida, as personagens fazem um balanço de suas existências.
O MUNDO ESTÁ GORDO (R$ 15)
Modismos, tendências, produtos e políticas que estão engordando a humanidade
Barry Popkin
“A epidemia global da obesidade alerta a todos – famílias, comunidades e países. É uma questão de peso em todos os seus aspectos, que traz graves consequências terríveis para o bem-estar, a expectativa de vida e a produtividade econômica se não for tratada a tempo.
Este livro é uma interessante leitura sobre esta complexa e crescente ameaça social. Barry Popkin, um dos maiores especialistas mundiais em obesidade, sistema alimentar global e nutrição, faz um chamado à ação e oferece sugestões práticas para indivíduos, comunidades e líderes políticos que poderão beneficiar a todos”.
CINEMA (R$ 15)
Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro
Vários artigos sobre cinema. Entre eles:
- A experiência do espectador comum de cinema
Rogério Luz
- Paciência e ironia
Flora Sussekind
- Afogando em Greenaways
Paulo Roberto Pìres
- O lugar do espectador, o lugar do crítico
Flávio Ahmed
- A enciclopédia digital
Ivana Bentes
- Uma nova ordem do audiovisual no Brasil
André Parente.
OS GRANDE PILOTOS DE TODOS OS TEMPOS (R$ 15)
Obra lançada em 1972. Volume II. Da letra K até W.
Alguns dos pilotos retratados nesta obra ricamente ilustrada:
Chico Landi
Carlos Reutemann
José Carlos Pace
PRESENÇA DE VILLA-LOBOS (R$ 20)
Museu Villa-Lobos, 1965
Vários artigos sobre o grande músico brasileiro, entre eles Bidu Sayão, Carlos Drummond de Andrade e Gilberto Freire.
“Nunca me esquecerei da tarde em que conheci Dona Laurindo Santos Lobo: ao mesmo tempo tão parisiense e tão brasileira. Sua casa de Santa Teresa era a mais carioca das casas. Tinha alguma coisa de cosmopolita que era ao mesmo tempo mais do que brasileira: brasileiríssima. Compreende-se que nela se sentisse bem, como se sentia um Heitor Villa-Lobos. Foi lá que o conheci.
É um Villa-Lobos de quem sempre terei saudade: esse que na intimidade era um homem com alguma coisa de adolescente. Também um carioca guloso dos vários Brasis regionais”
ALFABETO (R$ 10)
Frei Betto (Autobiografia escolar)
"Um dos intelectuais mais respeitados do país, Frei Betto compartilha com o leitor preciosas lembranças de seu tempo de estudante nesta autobiografia escolar. Em uma viagem no tempo, o autor parte de suas descobertas no jardim da infância, passando pela inquietante adolescência até chegar aos conturbados anos como universitário e à reveladora incursão na vida religiosa.
Bill Adler
Livro ilustrado contando a vida de um dos grandes nomes dos musicais de Hollywood.
Trecho do livro:
"Em princípios da década de 1930, o filho desengonçado e feio do teatro - o cinema - transformara-se em um gigante, nesse momento quase tão poderoso como o pai. O advento do cinema falado, considerado no início como apenas um aspecto adicional a mímica dos astros principais mudos - a teoria, na verdade, do melodrama teatral - estava começando a acrescentar uma dimensão inteiramente diferente ao novo veículos: a emoção da palavra falada.
O The Broadway Melody, de 1929, constituiu a contribuição da MGM ao novo formato do cinema, como também o The Love Parade, de 1929, da Paramoun".
ROOSEVELT - Da série Biblioteca de História (R$ 10)
Eduardo Godoy Figueiredo
Trecho do livro:
"Como Mussolini marchou sobre Roma, um dos chefes fascistas, Art Smith, decidiu que deveria organizar uma marcha sobre Washington: um milhão e meio de veteranos, sob sua liderança, deveriam invadir a capital no Dia de Colombo, 12 de outubro de 1933. Mas as coisas começaram a se complicar em julho, quando radicais tentaram dispersar uma reunião fascista no subúrbio de Nova York. No tumulto que se seguiu, uma pessoa morreu. E então, na véspera da passeata, a polícia invadiu o quartel-general de Smith na Filadélfia e encontrou uma impressionante coleção de revólveres, facas e cassetetes. O próprio Smith sumiu, levando boa parte do dinheiro do movimento".
LITERATURA COMENTADA – GILBERTO GIL (R$ 8)
Seleção de texto, notas, estudo biográfico, histórico e crítico e exercícios por Fred de Góes, com colaboração de Lauro Góes e Nelson Motta
Trecho do livro:
“Uma viagem à Nigéria, em 1977, para o Festival Internacional de Arte Nera, aproxima Gil ainda mais de suas origens africanas. O disco Refavela, segundo da “fase Re”, documenta com muita clareza esse encontro com a cultura ancestral. No final de 1977, Gil junta-se à sua comadre Rita Lee e leva à cena o espetáculo Refestança, um show alegre e dançante, também registrado num disco gravado ao vivo. De sua participação no Festival de Montreux, em 1978, resulta um álbum duplo, gravado ao vivo, seu primeiro lançamento pela gravadora WEA”.
CARA A CARA - MARÍLIA GABRIELA (R$ 15)
A jornalista Marília Gabriela comandou, durante muitos anos, na TV Bandeirantes, um dos melhores programas de entrevistas da TV Brasileira. Este livro reúne várias destas entrevistas feitas com políticos brasileiros, como Ulysses Guimarães, Mário Covas, Lula, Brizola, Orestes Quércia, Paulo Maluf, Fernando Henrique Cardoso, entre outros.
Trecho do livro:
"Marília Gabriela:
Mas o senhor concorda que foi um líder forte, carismático, paternalista, e que fez uma política que os teóricos chamam de ´dominação de massa´? Não são características de um caudilho?
Leonel Brizola:
No mundo, ao longo da história, existiram inúmeras personalidades de quase todos os países que também foram carismáticas, movimentaram a população, as massas, e nada tinham de caudilho. Caudilho é uma expressão espanhola que quer dizer liderança. Como os portugueses tinham aquelas rixas com o Vice-Reinado do Prata, usavam a palavra no sentido pejorativo, deprimente. Criou-se a expressão. Até hoje, no Uruguai, dizem: ´Ah! Os nossos grandes caudilhos morreram´. É o sentido correto da palavra.
CADERNOS DO CHDD (Centro de História e Documentação Diplomática) - Fundação Alexandre de Gusmão - Número 26 (R$ 15)
Compilação de documentos que mostram, entre outros assuntos, as negociações que envolveram a participação do Brasil na I Guerra Mundial.
"Mensagem do presidete da República do Brasil, Wenceslau Braz, ao Congresso Nacional, em 26 de maio de 1917:
"Senhores membros do Congresso Nacional:
Submeto hoje ao vosso conhecimento, em cópias autenticadas, as informaões que recebi da legação brasileira em Paris relativas ao torpedeamento de mais um navio da frota mercante do Brasil por um submarino das forças navais alemãs.
MARCO 31 - CIVIS E MILITARES NO PROCESSO DA CRISE BRASILEIRO (R$ 12)
Fernando Pedreira
"A partir do tema, o jornalista Fernando Pedreira dá um mergulho na história política do país, de 1930 para cá, e traz à tona, entre outras coisas, observações da maior importância sobre a estrutura e a representatividade dos partidos brasileiros, bem como sobre as origens históricas das correntes que sempre disputaram o poder no Brasil. E me parece definitiva a observação relativa às raízes das Alas Moças, Bossas Novas e Blocos Compactos dos grandes partidos brasileiros: seus chefes e epígonos emergiram da mocidade que frequentava as faculdades e escolas superiores em dois períodos áures do movimento esquerdista no Brasil: 1935 e 1945".
UM JORNAL ASSASSINADO - A ÚLTIMA BATALHA DO CORREIO DA MANHÃ (R$ 20)
Jeferson de Andrade (com a colaboração de Joel Silveira)
Este livro traz depoimentos contundentes e verdadeiras aulas de jornalismo daqueles que foram redatores-chefes do Correio da Manhã: Antônio Callado, Luis Alberto Bahia, Janio de Freitas e Osvaldo Pereira. O autor conta a hsitória de um país através das páginas de um jornal que fez história. Ele revela, com impressionante clareza e objetividade jornalística os contornos da vida brasileira após 1964. E como agia a tesoura da censura a partir de então.
MAX E HELEN (R$ 10)
Simon Wiesenthal
O autor chama seu livro de romance factual. Trata-se de um relato autêntico, que só poderia ter sido escrito por alguém que também passou pelo inferno. A história de dois sobreviventes do holocausto nazista que o convencem a não perseguir aquele que os torturou. Max e Helen é uma pungente história de amor à vida, onde o leitor toma consciência do grau de violência que um Estado autoritário e racista pode atingir e das inevitáveis consequências, tanto para os que promovem esta violência quanto para os que se calam frente a ela.
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O DIREITO À DIFERENÇA - Uma reflexão sobre deficiência intelectual e educação inclusiva (R$ 10)
- TEMPOS MODERNOS - MEMÓRIAS DO DESENVOLVIMENTO - JOÃO PAULO DOS REIS VELLOSO (R$ 15)
Maria Celina D´Araujo e Celso Castro (organizadores)
Além de ser uma importante fonte para a compreensão da política econômica do regime militar, este depoimento para o Cpdoc/FGV cobre boa parte da história econômica brasileira a partir dos anos 1930, focalizando prioritariamente uma atividade central para os rumos do moderno Estado brasileiro: o planejamento.
- ESTADO E POVO NO BRASIL - AS EXPERIÊNCIAS DO ESTADO NOVO E DA DEMOCRACIA POPULISTA: 1937/1964 (R$ 15)
- MEMÓRIAS (VOL. II – 1918 – 1921) – OS PRIMÓRDIOS DA REVOLUÇÃO (R$ 10)
Ilya Ehrenburg
O segundo volume das Memórias de Ilya Ehrenburg é o retrato vivo, cândido, humano de um dos períodos mais importantes da História contemporânea, aquele em que a revolução feita pelo povo russo derrubava um regime autocrático extremamente opressor.
“Cheguei a Kiev em um mau momento. Direi o que vivi nessa cidade e o que vi, mas antes de tudo desejaria falar da própria Kiev. Em moço fui muitas vezes àquela cidade, hóspede de meu avô. Fui a Kiev mesmo após ter saído da prisão, sem residência, sem um teto. A minha vida transcorrera em duas cidades: Moscou e Paris. Mas nunca pude esquecer que Kiev era a minha pátria”.
- MEMÓRIAS (VOL. III – 1921 – 1933) – A PAZ ARMADA: OS PRIMÓRDIOS DO NAZISMO (R$ 10)
Ilya Ehrenburg
De Paris, onde residia, o escritor soviético Ilya Ehrenburg, em permanente contato com a intelectualidade e com os acontecimentos políticos e sociais do tempo, pôde abordar, com felicidade e clareza, o ambiente da Europa nos anos imediatamente anteriores ao surgimento do Terceiro Reich.
“Compareci a uma reunião de nazistas, numa churrascaria. A fumaça dos charutos baratos irrita os olhos. Um nazista, agitando as mãos, urra longamente que os alemães estão fartos de passar fome, que os únicos a viver bem são os judeus, que os aliados saquearam a Alemanha, e que é preciso esmagar os franceses e os polacos”.
O FIM DO ESTADO-NAÇÃO (R$ 15)
Kenichi Ohmae
“Para o renomado estrategista japonês Kenichi Ohmae, o Estado-nação é coisa do passado. Nesse mundo sem fronteiras, ele já perdeu seu papel como protagonista da economia global e seu poder foi usurprado pela confluência de quatro forças – o capital, as corporações, os consumidores e as comunicações. No lugar das grandes nações, os Estados –regiões – “unidades de negócios com excelÊncia na produção” – emergem como a nova força da geopolítica mundial, substituindo o papel do velho Estado na melhoria da qualidade de vida da população”
VAMOS CONVERSAR, PRESIDENTE? (R$ 10)
Genival Rabelo
Vários artigos escritos pelo jornalista Genival Rabelo e lançados em livro no ano de 1995, tendo como principal tema o avanço do neoliberalismo na economia brasileira a partir daquele período. Segundo o saudoso jornalista Barbosa Lima Sobrinho, este é “um livro oportuno num país sem memória”.
Trecho do livro:
“Durante a Constituinte de 87/88, escrevi um trabalho que resumia o meu livro “O Capital estrangeiro na Imprensa Brasileira” e o remeti para todos os constituintes, alertando para a importância do preceito vigente nas Cartas anteriores desde a de 1934, segundo as quais cabe privativamente a brasileiro nato a propriedade, direção e administração de empresa jornalística no território nacional. Com isso, pretendiam aqueles constituintes brasileiros preservar a opinião pública do comando de fora para dentro. Ninguém, mas absolutamente ninguém, nem um só constituinte de 87/88, sequer acusou o recebimento do meu material.
- MEMÓRIAS DO MARECHAL MONTGOMERY (R$ 12)
Os relevantes fatos históricos narrados e analisados mostram o grande interesse desta obra, narrada por um dos principais comandantes britânicos na II Guerra Mundial: Batalha de El Alamein, Campanhas da Sicília e da Itália, Desembarque na Normandia, Campanha da Europa, com as batalhas de Arnhem, Ardenas, Reno etc, seguida da rendição alemã.
- O GOVERNO CASTELO BRANCO (R$ 12)
Luís Viana Filho
“Realmente a política não tolera o vácuo, sempre preenchido por alguém ou por algum sistema. Principalmente trantando-se da eleição presidencial, que Campos Sales considerava “o grande eixo da política nacional”, e assim permanecia. Castelo Branco resolvera, porém, adiar o problema até a organização da Arena, que, num ato de pureza democrática, escolheria o candidato, varrendo qualquer suspeita de militarismo, tal como ele desejava, inclusive por causa da imagem do país no exterior. Poucos, entretanto, aceitavam não ter o Presidente um candidato à sua sucessão”.
O BRASIL DO GENERAL GEISEL (R$ 12)
Walder de Góes
O jornalista Walder de Góes divide este livro em cinco partes:
- A estrutura do sistema de decisão. Quais os mecanismos gerados pelo regime miiltar, especialmente no governo do Presidente Geisel.
- A sucessão presidencial e o processo decisório que a orientou.
- A demissão do General Sílvio Frota do cargo de Ministro do Exército.
- Os elementos ideológicos do comportamento dos militares e dos burocratas.
- Aspecto da política externa brasileira, particularmente da relação entre Brasil e Estados Unidos.
LENDA AZUL – A ATUAÇÃO DO 3º REGIMENTO SAMPAIO NA CAMPANHA DA ITÁLIA (R$ 12)
DE CALIGARI A LILI MARLENE (R$ 10)
Luiz Nazário
"Mais do que um conjunto de técnicas abstratas, o expressionismo seria um código de signos concretos; mais do que um estilo, uma mensagem. Esta é a tese que se desprende das presentes reflexões sobre o cinema alemão. De todas as correntes artísticas que floresceram sob a República de Weimar, o expressionismo foi a que mais agudamente pressentiu o caráter apocalíptico do nazismo. Se de fato ele é uma mensagem, urge decifrá-la, já que ele retorna sublimado no novo cinema, quando mergulhamos numa crise igualmente planetária e que suscita um terror igual. Para isto convido o leitor a percorrer comigo as ruas estranhas pelas quais o Dr. Caligari nos conduz até a casa de Lili Marlene".
O FUMO NO BRASIL COLÔNIA (R$ 5)
Jean Baptiste Nardi
Considerado frequentemente como economia secundária durante o período colonial, o cultivo do fumo foi, muito ao contrário, atividade essencial. Tudo porque unia facilidade de plantio e alvo valor comercial, além de ser moeda de troca no comércio escravagista. Ao longo dos séculos XVII e XVIII favoreceu a elevação de renda dos pequenos agricultores e os surgimento de uma rica oligarquia na Bahia, que mais tarde aplicaria seus capitais num primeiro surto de industrialização.
ALUCINADO SOM DE TUBA (R$ 5)
Frei Betto
A família é despejada do barraco e Nemo, aos onze anos de idade, cai na vida. Vai conhecer um lado violento e ainda mais miserável da realidade à sua volta. Mas também vai descobrir a solidariedade e o amor. Qual desses caminhos seguirá? Neste livro, Frei Betto mostra com sensibilidade a cruel condição do jovem abandonado pela sociedade.
ORAÇÃO NA AÇÃO (R$ 5)
Frei Betto
Segundo J. B. Libânio, "Frei Betto nos provoca neste estudo. Quer promover ´re-flexão´, balançar as posições ´quentes´ de um pentecostalismo mágico e as ´frias´ de um simples ativismo, para nos engajar numa ´história engravidada pelo amor´".
O SEQUESTRO DIA A DIA (R$ 10)
Alberto Berquó
O sequestro do embaixador dos Estados Unidos, Charles Elbrick, em setembro de 1969, narrado de forma detalhada. Como diz o jornalista Sérgio Cabral: “Asseguro que não há qualquer documento impresso em torno do tema que seja ao mesmo tempo tão bem escrito e tão bem informado”.
“Quando o embaixador e Virgílio estão descendo a escada, a cobertura vê se aproximar uma camionete C-14, com cinco homens dentro. Só pode ser a polícia. Nota-se que falam pelo rádio. Nos dois Volks, todos têm armas curtas. Salgado, que vai no banco de trás ao lado de Paulo de Tarso, porta uma metralhadora (...) Salgado engatilha a arma e se prepara para abrir fogo através do vidro traseiro; Cirilo pede que espere um pouco; Cid opina que seria melhor esperar os carros emparelharem, para arrebentá-los de uma só vez. Todos mostram as armas, ostensivamente, uns para os outros – e o embaixador ali no meio”.
CONTRA-ATAQUE (R$ 10)
Aaron J. Klein
Este livro é o relato completo do assassinato de atletas israelenses durante os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, por membros do grupo conhecido como Setembro Negro. O livro inspirou o filme Munique, de Steven Spielberg.
“Poucos minutos antes, os terroristas tinham chegado à porta azul que levava ao apartamento 1. Estava aberta, como sempre, já que levava não só aos dormitórios dos israelenses, mas também ao estacionamento subterrâneo e aos apartamentos do andar superior. Atravessaram um pequeno hall até a porta do apartamento 1, onde estavam sete técnicos e juízes israelenses. Os terroristas tinham uma cópia da chave”.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO (R$ 5)
Carlos Heitor Cony, Heródoto Barbeiro e Artur Xexéo
Reflexões feitas pelos três autores sobre vários temas, sempre abordados no programa do qual eles participaram durante alguns anos na rádio CBN.
Cony: Heródoto, o que é o tráfico? São drogas e armas. Duas coisas importadas. O Brasil não produz drogas e tem uma fabricação de armamentos insignificante. Tanto as armas quanto as drogas são importadas. E quem toma conta da importação é a Polícia Federal. Não é o Fernandinho Beira-Mar, nem esses pés-de-chinelo que morrem em tiroteios com a polícia, que atacam a gente no meio da rua”.
- O BRASIL (R$ 15)
Mino Carta (posfácio de Alfredo Bosi)
Responsável por publicações que fizeram história na imprensa brasileira desde 1960, censurado durante a ditadura, Mino Carta recorre de maneira hábil à literatura para criar uma polêmica reflexão sobre o Brasil, promovendo uma devassa na história do país a partir da morte de Getúlio Vargas. Uma narrativa corajosa e polêmica.
VOLTA REDONDA - ENTRE O AÇO E AS ARMAS (R$ 10)
Sandra Mayrink Veiga e Isaque Fonseca
"Os metalúrgicos queriam entrar e os ânimos ficaram exaltados na passagem superior, que estava sendo vigiada por soldados perfilados de baionetas caladas, metralhadoras no chão, uniformes de campanha e urutus. Só se via Exército, não se via PM àquela hora na passagem. Os metalúrgicos estavam nervosos e começaram a gritar com os oficiais e os soldados. Via-se que os recrutas estavam apavorados. Na verdade eles eram invasores, como aliás tinha declarado o próprio coronel Orlando Ferreira da Motta, comandante do Batalhão de Barra Mansa, quando justificou a vida das tropas".
- QUASE MEMÓRIA (R$ 10)
Carlos Heitor Cony
Ponto alto na produção literária brasileira das últimas décadas, Quase Memória é um romance antológico. Explorando o território entre a ficção e a memória, o livro é mais do que um registro sensível das reminiscências do autor sobre o pai morto. Nele, Carlos Heitor Cony mapeia minuciosamente a relação pai e filho: os sentimentos contraditórios, as alegrias e tristezas que não se esquecem, o afeto incondicional e, acima de tudo, a cumplicidade".
HONORÁVEIS BANDIDOS - Um retrato do Brasil na Era Sarney(R$ 10)
Palmério Dória
Este é um livro necessário. O historiador do futuro contemplará, como num painel, a época em que poucas vezes neste país se constituiu, à margem do poder legal, o verdadeiro e podre poder baseado na corrupção em todos os seus sentidos.
O CONTINENTE DO RIO GRANDE (R$ 5)
José Honório Rodrigues
"A partir de uma pesquisa em cartas e documentos de época, José Honório Rodrigues relata a sala da conquista e povoamento do Rio Grande do Sul. No início, para impedir incursões espanholas, a a ocupação portuguesa foi feita por soldados recrutados, "mulheres solteiras desimpedidas" e presos comuns, enviados das várias partes da colônia. Dessa miscigenação formou-se o povo gaúcho, com uma identidade própria que só seria transformada em 1824, com a chegada dos primeiros imigrantes europeus dos limites meridionais do Brasil".
POR QUE NÃO DEU CERTO – OS PAIS DO CRUZADO CONTAM (R$ 5)
Depoimentos de André Lara Resende, Dilson Funaro, João Sayad, Luis Gonzaga Belluzzo e Persio Arida e Alex Solnik.
“João Sayad – O congelamento foi muito mal administrado. Ele tinha que ter atendido algumas coisas, tinha que ter uma fiscalização melhor. Eu propunha desde março de 1986 que a fiscalização fosse descentralizada. Se ela fosse descentralizada haveria apoio popular e se conseguiria que as pressões fossem atendidas localmente.
MIGUEL ARRAES - PENSAMENTO E AÇÃO POLÍTICA (R$ 15)
Jair Pereira, Juareiz Correya, Raimundo Carrero, Ricardo Leitão e Vanja Carneiro Campos (organizadores)
Prefácio de Antonio Callado
Livro que reúne os grandes pronunciamentos públicos deste importante político brasileiro, em entrevistas, artigos e manifestos de 1963 a 1995.
"A proletarização está atingindo camadas cada vez maiores, inclusive a da intelectualidade. E a prova de que esse modelo restrito se mantém é que temos de exportar o que deveria ser consumido dentro do país, não só exportamos os bens duráveis de consumo, mas grãos que são utilizados em atividades produtivas de outros países, enquanto falta alimento para o povo brasileiro".
GÊNERO - Revista do Núcleo Transdiciplinar de Estudos de Gênero - Nuteg (R$ 15)
Alguns dos artigos:
- A construção da invisibilidade das mulheres nas ciências: o exemplo de Bertha Lutz (1894-1976)
Maria Margaret Lopes, Lia Gomes Pinto de Sousa e Mariana Moraes de Oliveira Sobrinho
- A escrita feminina no século XIX: as cartas de Flora de Oliveira Lima e Eufrásia Teixeira Leite
Ana Carolina Huguenin Pereira
- Mulheres e cinema brasileiro: representações do feminino em "Mar de Rosas"
Flávia Cópio Esteves
- Gênero e Memória: algumas reflexões
Adriana Facina e Rachel Soihet
1932 - UMA AVENTURA OLÍMPICA NA TERRA DO CINEMA (R$ 15)
Tiago Petrik
"Em 1932, Los Angeles proporcionou um encontro entre os dois mundos da fantasia, os Jogos Olímpicos e o cinema. E um olhava para o outro com admiração, como se quisesse fazer parte daquilo. A questão do amadorismo impediu que o futebol tomasse parte nos Jogos. Os principais jogadores eram pagos, e alguns até bem pagos, só para jogar bola. Isso feria radicalmente os princípios olímpicos".
O GUIA DO ASSALTADO (R$ 10)
Roberto Scheneider e Vilmar Rodrigues (ilustrações)
Você precisa realmente ser assaltado?; O equipamento básico do assaltado moderno; Primeira lição: como agir no carro?; Segunda lição: como agir nas ruas?; Terceira lição: como agir no trabalho?; Quarta lição: como agir em casa?; Quinta lição: como agir nos motéis?; Sexta lição: como agir em locais públicos como hospitais, repartições, transportes e restaurantes de luxo? Teste os seus conhecimentos: estou pronto para ser um assaltado competente?
"Pergunta: Gostaria de saber se existe alguma maneira de não ser assaltado numa rua deserta e escura. É que sou obrigado a passar pro algumas delas todos os dias.
Resposta: Existir, existe. Quando você for entrar numa dessas ruas, procure correr como um louco, sempre olhando para trás. Faça uma cara de quem está profundamente arrependido e não olhe para a frente em nenhuma hipótese.
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