2.27.2024

LIVROS À VENDA SOBRE A DITADURA (1964-1985)

 




GOVERNOS MILITARES (R$ 15)

Edgard Luiz de Barros

Trecho do livro:

“Ernesto Geisel, mesmo depois da falência do ´milagre´, falava na transformação do Brasil em ´potência mundial de primeira grandeza´, na necessidade de incrementar ainda mais o parque industrial, criando tecnologia de ponta e buscando novos parceiros comerciais (inclusive nos governos socialistas da China continental e das antigas colônias portuguesas da África). De concreto, o que resultou dessa política, além de oscilações recessivas, foi um significativo crescimento da dívida externa, diminuindo a acumulação interna e as reservas cambiais”.

 

O BRASIL DA ABERTURA – DE 1974 À CONSTITUINTE (R$ 15)

Marly Rodrigues

Da coleção ‘História em documentos”

Trecho do livro:

“Na década de 80, os movimentos grevistas não se restringiram apenas aos metalúrgicos e ao ABC paulista. Em outras cidades do estado e em outros estados da federação, a greve vem sendo utilizada como instrumento de reivindicação por diversas categorias profissionais, cujo nível de vida também está sendo rebaixado.

A luta por melhores condições de trabalho ultrapassou o setor urbano. Em vários estados brasileiros os trabalhadores rurais cruzaram os braços, reivindicando salários mais justos e mais direitos trabalhistas.

OS CARBONÁRIOS (R$ 20)

Alfredo Sirkis

Trecho do livro:

“Os jornais da manhã traziam o nosso manifesto na íntegra. Não havia ainda uma resposta oficial do governo sobre a libertação dos quarenta presos, mas corria o bizu de que já fora fretado um Boeing 707 da Varig, para um vôo transoceânico. Willy Brandt declarou à imprensa alemã, na seguência de um contato com Brasília, que estava tranqüilo quanto à iminente decisão do governo militar.

Ivan saiu cedo e voltou com jornais e notícias dos companheiros de fora. Problema com a Kombi. Na noite da ação, Onório a abandonara, às pressas, numa rua qualquer de subúrbio, distante do aparelho. Mais particularmente, num estacionamento proibido”.

 

MEMÓRIAS – GREGÓRIO BEZERRA – Segunda parte: 1946-1969 (R$ 18)

Trecho da orelha escrito pelo editor Ênio Silveira:

“Com a autoridade de quem passou quase vinte e três anos em prisões civis e militares de seu país, vivendo toda sorte de violências e humilhações, Gregório Bezerra cita uma frase do escritor francês Pierre Vidal-Naquet para enfatizar o que lhe parece constituir progressiva degradação moral de instituições que ele tanto preza e de que a Pátria tanto necessita: A tortura começa como um método de interrogatório, desenvolve-se como um método de opressão e, finalmente, transforma-se num Estado clandestino, que corrói as próprias raízes da vida de uma Nação”.

 

1964 E O NORDESTE (R$ 15)

Manuel Correia de Andrade

Da coleção “Repensando a História”

Trecho do livro:

“No Brasil, os sindicatos rurais começaram a se organizar no governo de João Goulart, estimulados sobretudo pelos ministros filiados à Democracia Cristã, como Franco Montoro, Em Pernambuco, não só a Igreja, como também o Partido Comunista lançaram-se ao trabalho de sindicalização. Os padres Melo, no Cabo, e Crespo, em Jaboatão, procuraram neutralizar a influência dos comunistas e das Ligas, jogando com o prestígio e a tradição católica. As posições progressistas da Igreja ainda eram pouco expressivas. O padre Melo apoiou o golpe de 64, procurou preservar os seus sindicatos e aliou-se aos donos do poder”.

 

O SEQUESTRO DIA A DIA (R$ 15)

Alberto Berquó

O sequestro do embaixador dos Estados Unidos, Charles Elbrick, em setembro de 1969, narrado de forma detalhada. Como diz o jornalista Sérgio Cabral: “Asseguro que não há qualquer documento impresso em torno do tema que seja ao mesmo tempo tão bem escrito e tão bem informado”.

“Quando o embaixador e Virgílio estão descendo a escada, a cobertura vê se aproximar uma camionete C-14, com cinco homens dentro. Só pode ser a polícia. Nota-se que falam pelo rádio. Nos dois Volks, todos têm armas curtas. Salgado, que vai no banco de trás ao lado de Paulo de Tarso, porta uma metralhadora (...) Salgado engatilha a arma e se prepara para abrir fogo através do vidro traseiro; Cirilo pede que espere um pouco; Cid opina que seria melhor esperar os carros emparelharem, para arrebentá-los de uma só vez. Todos mostram as armas, ostensivamente, uns para os outros – e o embaixador ali no meio”.

 

1968 – O ANO QUE NÃO TERMINOU (R$ 20)

Zuenir Ventura

Estudante morto, colegas presos, passeata de intelectuais e religiosos, tropa de choque, cavalarianos de sabre em riste, carros blindados, gás lacrimogêneo, tiros, jatos de água, paus, pedras, o fim de um caminho. 1968 - O ano que não terminou traz de volta um período crucial da história brasileira. Neste clássico da não ficção nacional, o jornalista e romancista Zuenir Ventura conta, com a urgência das grandes reportagens e com a sofisticação da alta literatura, como transcorreu no Brasil o ano que, através do mundo, iria se tornar lendário por conta de manifestações estudantis contra o sistema.

A GUERRILHA DO CAPARAÓ (R$ 20)

Gilson Rebello

Trecho do livro:

“No dia 5 de abril de 1967, a fome começou a ser a principal inimiga: eles tinham jogado fora os víveres, para tornar mais leves as mochilas durante a fuga e, agora, encurralados no meio do mato, as chances de escapar ficavam cada vez menores, principalmente por estarem em um terreno desconhecido e hostil.

- Resolvi – disse Amadeu – não mais ir à serra de Caparaó, como havia planejado, pois ainda não sabia da prisão do ´grupo dos oito´, e sim voltar ao Rio, onde poderíamos ter um balanço real da situação da guerrilha”.

O GOVERNO CASTELO BRANCO – Tomo II (R$ 20)

Luís Viana Filho

“Falando por esse tempo com o deputado Costa Cavalcanti, coronel do Exército, considerado aspirante ao governo de Pernambuco, dissera-lhe Castelo não desejar que nenhum militar fosse candidato. E acrescentara recear que, aberta uma exceção, o exemplo se propagasse, sendo inevitáveis o general Kruel, em São Paulo; o general Justino, no Rio Grande do Sul; o coronel Torres, no Piauí; e o general Murici ou o próprio Costa Cavalcanti, em Pernambuco. Não era preconceito contra os camaradas, mas o temor de que usassem os elementos militares para pressionar e intimidar o mundo civil.”

O BRASIL DO GENERAL GEISEL (R$ 15)

Walder de Góes

Trecho do livro:

“Quando o presidente decidiu estabelecer relações diplomáticas entre o Brasil e a República Popular da China, em agosto de 1974, ele ouviu previamente o Conselho de Segurança Nacional. Os sete membros militares do conselho votaram contra a proposta de Geisel, vale dizer, o presidente não tinha, na decisão já tomada, o apoio dos três ministros militares, do Chefe do EMFA e dos Chefes dos Estados Maiores do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Nada impedia que o presidente deixasse de observar esses votos, que os ignorasse, pois eles eram minoritários no conjunto do CSN. No entanto, Geisel preferiu enviar o Chefe do Gabinete Militar aos oficiais generais para pedir-lhes que mudassem seus votos. Cinco deles o fizeram, dando base militar à decisão, através de processos ritualizadores.

RIOCENTRO (R$ 20)

Julio de Sá Bierrenbach

Trecho do livro:

“Segundo constatei, S. Exa. Ficou chocado principalmente por dois trechos de meu voto:

´O sargento morreu e o oficial sobreviveu. Se o morto fosse o oficial e sobrevivente o sargento, este ainda poderia alegar que cumpria ordens daquele, isto é, do mais antigo, sem dar maiores esclarecimentos. O Capitão Wilson Luiz Chaves Machado, entretanto, está vivo, e não pode deixar de ser ouvido em uma Auditoria, como acusado, a menos que o Ministério Público Militar seja levado ao descrédito perante toda a Nação. Lamento muito, mas estamos diante de um crime dos mais nefastos, terrorismo, à beira da impunidade. Por muito menos este egrégio Tribunal condenou muitos mais´”.

REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL – número 83 – Agosto de 2012 (R$ 10)

Alguns dos capítulos:

- O dia da mentira

Um presidente é deposto e outro é conduzido ao poder por homens armados que dizem fazer uma revolução ´democrática´

João Roberto Martins Filho

- Por que Jango não resistiu

Covarde para uns, herói para outros, Jango fugiu do país para evitar uma guerra civil

- Em defesa da ordem

Segundo os jornais paulistanos, o golpe militar atendia ao clamor da sociedade pela salvaguarda da lei

Por Luiz Antonio Dias

Com amplo apoio

A longa permanência da ditadura militar no Brasil foi garantida pela sociedade civil

Por Daniel Aarão Reis

- Tema espinhoso

Apesar das idas e vindas da historiografia, o golpe militar ainda é tabu em sala de aula