7.08.2008
POESIA DE BUTECO
aí né...lá tava eu num buteco.
dancei com a filha do neco
bebi chop no caneco,ela quase teve um treco!
aí né...levei ela num quarto vazio
ela gritava com eco,a cama fez reco reco
e quando acordei de manha
a filha do neco teve um buneco.
aí né...lá tava eu no buteco.
o neto no colo do neco
o neco olhando pro teto
o teto pingando no neto
o neto chorando de eco
eu bebendo os canecos
aí né...lá tava eu num buteco
me confessei com o padreco
perdi a mulé pro maneco
seu neco criou o seu neto
perdi tudo fiquei sem teto
juntei meus trapos e cacarecos
e fui morar no buteco.
CARLOS ALEXANDRE (DOCA)
- Foto: capa da sexta edição do guia "Rio Botequim", da editora Casa da Palavra.
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10 comentários:
Que maravilha!!! A beleza está na simplicidade.
Tem que ser muito criativo e inteligente pra escrever uma poesia assim. Seu amigo é muito bom, isso pega?!...rsrs
Beijo
Genial! dá samba heim..
Também pensei nisso. Grande Doca!
Adorei! É fabuloso, alías, como tudo o que Doca faz!
Já ouvi quando li... ou seja, dá samba na certa!
Doca, esse samba é nosso e ninguém tasca! rs
abraço!
Graaande Doca! Se não fosse dele não seria.
O cara feito de poesia...
E sempre termina em samba!
As outras dele que publiquei no blog também têm um ritmo muito bom. Só falta a melodia.
Abraços.
´Se não fosse dele não seria´. Essa frase é bem ´doca´, Bruna.
Beijos.
Verdade, André; uma certa repetição, né? Mas uma repetição que vai afunilando e pára no "quase" de algum lugar. Comum nos poemas dele. Já existe um "estilo Doca de escrever"! Ô, menino chique!
Beijos!
Falei para ele uma vez que a poesia dele era ´elíptica´. Foi a primeira imagem que me veio do ´estilo Doca de escrever´.
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