7.17.2006

CACHORRADA


Talvez os cachorros
se cansem de nós um dia
e nos coloquem coleiras e focinheiras
para calarmos a boca

Alegria no canil
Seríamos vacinados contra a raiva
do trânsito e do vizinho

As guerras seriam restritas a pequenos conflitos,
facilmente contornados com a distribuição
dos ossos do ofício

Um fêmur para um,
o antebraço para outro

Falangetas para as crianças

No final, eles abanariam os rabos
e dariam latidos de satisfação
quando nos tornássemos mais fiéis
e menos humanos

ANDRÉ LUIS MANSUR

7 comentários:

Anônimo disse...

Vc tem andado muito com a Flávia! Discordo dessa teoria de que os animais são menos cruéis que os homens, é simplista demais. Mas isso é papo pra mesa de bar.

Anônimo disse...

Não sei o porquê, mas lembrei-me daquela frase: "Quanto mais ando com os homens, mais amo meu cachorro"...

Beijo, André!

Anônimo disse...

Discordo dessa idealização que se faz de animais ou índios, por exemplo.
E, no contato com seus cachorros, não se esqueça de vaciná-los contra a hidrofobia.
A raiva é uma doença sem cura e faz sofrer muito quem a tem e os que estão à sua volta, vendo o que se passa.
Abraços!

Anônimo disse...

Aliás, por falar em cães, alguém se recorda de Diógenes e a Escola Cínica?

Anônimo disse...

Marcelo, sua opinião é bem parecida com a da minha amiga Marina. Mas, como ela é disse, isso é papo pra mesa de bar, de preferência um boteco com alguns vira-latas por perto. Abraços.

Agora, é bom ter amigos inteligentes. Diógenes sendo citado no meu blog não é pra qualquer um não.

Beijos, Madeleine.

Anônimo disse...

Aproveite que hoje a inspiração baixou, menino! Madeleine agradece o lisonjeio e convida-o para seu novo post.
Diógenes mandou dizer que está te esperando lá no boteco da esquina.

E, sim, as pessoas são cruéis.Crudelíssimas! Tanto quanto os cães. É a mesma raça!

Bisous

Anônimo disse...

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