10.20.2006

NORMAL


Apertos de mão,
pegajosos,
escorregadios,
silenciosos

Trazem na mão valorosas indicações,
amigo do Pedro,
sócio do Simões

Ouvidos feitos de conchavos,
cera e indiscrições

Bem à vontade,
ri para a vida
Não teme a morte
Beijos e boa-noite, querida
Hoje foi um dia sem sorte

De pijama, se recolhe, sem jeito.
Suspira creme dental
Já não faz o dever conjugal
e devolve o corpo ao leito

Jaz aqui um ideal
Tens aí um homem normal

9 comentários:

Anônimo disse...

Ah, os homens normais!!!
É por isso que sempre estou às voltas com os anormais!
Beijos!

Anônimo disse...

"De perto, ninguém é normal". Nova essa frase, hein?

Anônimo disse...

Nossa, Marcello, que original você, hein? hehehe

Anônimo disse...

Ei, vocês estão fazendo comentários muito normais. O que houve? Terá sido o bolinho de bacalhau da Modern Sound?

Anônimo disse...

O dia-a-dia tem transformado os homens, antes verdadeiros guerreiros..rsrs Em simples mortais, normais...pra dizer a verdade normais de mais :o)

Aaah! Saudades....Bons tempos!!!.... ;o)

Anônimo disse...

Não há nada pior do que o tédio do cotidiano. Eu procuro sempre fugir disso.

Anônimo disse...

Há quem necessite de um companheiro (?) "normal" para tê-lo como parâmetro de comportamento que, a despeito de não ser almejado, é adequado aos padrões esquizóides da nossa sociedade (insana).

Anônimo disse...

Quanto ao poema, muito bom ( nada surpreendente em se tratando de André).

Anônimo disse...

Como sempre, Gaivota, um comentário que merece um início de profundas discussões. Mas de preferência numa mesa de bar, meu melhor palco para debates.

Beijos.